Nina Rosa é eleita presidente do PT de Itabuna em disputa direta contra grupo do ex-prefeito Geraldo Simões

Com votação folgada, Nina Rosa foi eleita presidente do diretório municipal do PT de Itabuna, no domingo (6). Foram 1.589 votos contra 124 do atual presidente Jackson Moreira.

Nina tinha o apoio do presidente da Câmara, vereador Manoel Porfírio, enquanto Moreira representava o grupo ligado ao ex-prefeito Geraldo Simões, que mantinha o controle sobre a legenda há muitos anos.

“Vamos devolver o PT para a militância, oxigenar o partido, fazer com que o partido se volte para a base. Vamos reconstruir a história do PT em Itabuna, um partido que sempre teve protagonismo em Itabuna”, disse Nina Rosa, ao ressaltar ter recebido a maior votação na história do PT municipal.

Segundo o regulamento do PED (Processo de Eleição Direta), a posse pode acontecer a partir de 25 de julho, mas, segundo ela, a data ainda será alinhada com a executiva estadual.

O presidente Jackson Moreira afirma que a vitória da adversária está sub judice, em razão de Nina ter recorrido a uma liminar para registrar a candidatura.

Segundo ele, o caso será analisado em uma reunião na executiva nacional nesta terça (8), junto com outros similares pelo Brasil.

Manoel Porfírio nega a existência de judicialização e diz que a executiva nacional já havia deliberado sobre o tema quando validou a liminar de Nina Rosa.

“Não tem judicialização, o resultado não está judicializado. Isso é para justificar a quantidade de votos que ele recebeu”, rebateu.

Moreira pontuou que chegou a desmobilizar parte de sua militância para votar neste domingo por considerar o clima de beligerância e agressividade, conforme carta aberta publicada nas redes sociais.

“Diante do clima que se instalou na eleição do PT, das ameaças - inclusive à integridade física de adversários eleitorais - entendemos que não há segurança para que todo e qualquer petista possa expressar livremente sua vontade. Assim, não nos sentimos confortáveis para convocar nossos eleitores para a votação de hoje”, diz trecho do documento.