PT espera presença de até 40 mil filiados em eleição do partido na Bahia; novo presidente estadual deve ser anunciado até terça (8)

Filiados do PT em todo o Brasil vão às urnas neste domingo (6) para eleger os novos presidentes do partido nas esferas nacional, estadual e municipal. Na Bahia, a eleição, que tem início às 9h termina às 17h, irá acontecer em 381 municípios, por meio de votação em cédula de papel. O resultado, segundo estimativa da direção estadual, deve ser divulgado entre segunda (7) e terça-feira (8).

Em todo o Estado são 480 candidaturas municipais e 63 zonais. Para a presidência do diretório estadual, cinco nomes concorrem à sucessão do atual presidente da legenda, Éden Valadares, representando diversas correntes da sigla: Tássio Brito, Jonas Paulo, Gabriel Cavalcante, Paulo Riela e Rodrigo Pereira.

Tássio, atual secretário de Finanças do partido na Bahia e integrante da corrente Esquerda Popular Socialista (EPS), é considerado o favorito por ter o apoio do senador Jaques Wagner - o governador Jerônimo Rodrigues e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, os outros dois "cardeais" petistas, buscaram publicamente se manter neutros na disputa.

Tássio deve polarizar a eleição com Jonas Paulo, ex-comandante do PT baiano e da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) - ele tem o apoio do vice-presidente nacional da legenda, Everaldo Anunciação, que também presidiu o ninho petista no Estado.

Em conversa com este Política Livre, Éden afirmou que a expectativa é que até 40 mil militantes participem do pleito neste domingo na Bahia. "Eu tenho muito orgulho de ter sido eleito no PED (Processo de Eleição Direta) passado, em 2019, com a participação de mais de 32 mil filiados e filiadas. Hoje, a projeção é de 35 mil, talvez 40 mil filiados, possam participar. Portanto, estamos trabalhando muito para fazer uma festa da democracia do PT e o maior PED da nossa história", declarou o dirigente.

O novo presidente do PT baiano deve tomar posse no encontro estadual do partido, organizado até dezembro. Ele terá a responsabilidade de preparar a sigla para as eleições de 2026, quando os petistas almejam reeleger Jerônimo e o presidente Lula.

“É importante ter o partido cada vez mais organizado, em diálogo constante com a nossa base, a militância, os movimentos e sindicatos e conectado à nova realidade social e do mercado de trabalho. Isso tudo é fundamental para a disputa em 2026, para reeleger o presidente Lula e o governador Jerônimo Rodrigues e nossos deputados federais e estaduais, para aprofundar o projeto de desenvolvimento sustentável e inclusão social do PT em nossos municípios”, frisou Éden.