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‘Tarifaço de Trump pode gerar retrocessos trabalhistas na agricultura’, alerta secretário Felipe Freitas em reunião com embaixadora da Alemanha

‘Tarifaço de Trump pode gerar retrocessos trabalhistas na agricultura’, alerta secretário Felipe Freitas em reunião com embaixadora da Alemanha

Por Redação

29/07/2025 às 08:38

Foto: Divulgação

Reunião ocorreu nesta segunda-feira

O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, revelou suas preocupações à embaixadora da Alemanha no Brasil, Bettina Cadenbach, com relação a possíveis impactos das tarifas comerciais recentemente anunciadas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, especialmente o café.

“As conseqüências podem ser mais graves do que o imaginado”, afirmou o titular da SJDH no encontro realizado na manhã desta segunda-feira (28), na sede da pasta, no CAB.

Em consonância com as impressões da Embaixada Alemã no Brasil, o secretário entende que o “tarifaço” americano pode atingir um patamar que vai além de prejudicar a competitividade do café brasileiro.

Mais do que os reflexos econômicos, ele alerta para os efeitos sociais e trabalhistas dessa decisão nas zonas rurais, onde trabalhadores já enfrentam riscos de precarização e, em muitos casos, de trabalho análogo à escravidão.

Freitas afirma que o Governo da Bahia mantém vigilância permanente diante dos desdobramentos da política internacional sobre o trabalho decente no campo.

“Mesmo com a instabilidade que vemos nas ações do governo americano, na figura do presidente Trump, nós, da SJDH, estamos em observância e alinhados com as demais ações do Governo do Estado e do Governo Federal para conter os possíveis prejuízos. Não podemos permitir a precarização das condições de trabalho no setor agrícola diante deste cenário”, pontuou.

A embaixadora endossou as críticas do secretário à medida dos EUA e destacou que a Alemanha acompanha de perto as repercussões do embate comercial.

“A comunidade alemã está em alerta e preocupada com os possíveis reflexos das tarifas americanas nas relações de trabalho da cadeia produtiva brasileira. Não queremos colaborar indiretamente com o trabalho escravo ao consumir produtos cultivados nessas condições”, declarou Bettina. A Alemanha é, atualmente, o maior consumidor mundial do café brasileiro e tem buscado parcerias com produtores éticos e sustentáveis.

Em suas redes sociais, o secretário Felipe Freitas já havia se pronunciado sobre o tema, destacando também o direito migratório no mundo, após o governo americano revogar os vistos de autoridades brasileiras.

“É um precedente perigoso, que limita a circulação de brasileiros em países amigos. O Brasil não pode se calar diante desta violação dos bons princípios do direito internacional e deste atentado aos direitos fundamentais de cidadãos brasileiros. A medida pode evoluir para perigosas restrições nas regras de migração e prejudicar não só as autoridades, mas também cidadãos comuns que queiram circular entre os países”, afirmou Freitas, que é especialista em Direito Constitucional e integra o Comitê Estadual Intersetorial de Migrações, Refúgio e Apatridia da Bahia.

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