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Eduardo Bolsonaro diz que PF aponta 'crime delirante' e critica vazamento de conversas com o pai
Eduardo Bolsonaro diz que PF aponta 'crime delirante' e critica vazamento de conversas com o pai
Por Julia Chaib/Folhapress
20/08/2025 às 21:30
Foto: Pedro França/Agência Senado/Arquivo

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou em nota que a atuação dele nos EUA não tem objetivo de interferir no processo em curso no Brasil e chamou de "crime absolutamente delirante" os apontamentos da Polícia Federal que resultaram em seu indiciamento e no de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele disse ainda ser "lamentável e vergonhoso" o que ele chamou de vazamento de conversas entre pai e filho.
Mensagens reproduzidas no relatório final em que a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair e Eduardo Bolsonaro mostram o deputado federal xingando o pai devido a uma entrevista em que ele foi chamado de imaturo.
No diálogo via aplicativo WhatsApp Eduardo manifesta grande incômodo pelo fato de Bolsonaro tê-lo chamado de imaturo devido a divergências do deputado com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e passa a atacá-lo com palavrões.
"VTNC SEU INGRATO DO CARALHO'!, escreveu Eduardo em maiúsculas, usando a sigla que significa "vai tomar no c...
"É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados. O objetivo é evidente: não se trata de justiça, mas de provocar desgaste político", declarou Eduardo.
O parlamentar alega que seu objetivo nos EUA é o "restabelecimento das liberdades individuais", com a aprovação do projeto de anistia aos bolsonaristas no Congresso.
"Causa espanto que a Polícia Federal aponte supostos partícipes de um crime absolutamente delirante, mas não identifique os autores. Se a tese da PF é de que haveria intenção de influenciar políticas de governo, o poder de decisão não estava em minhas mãos, mas sim nas de autoridades americanas, como o presidente Donald Trump, o senador Marco Rubio ou o secretário do Tesouro Scott Bessent. Por que, então, a PF não os incluiu como autores? Omissão? Falta de coragem?", diz Eduardo.
"Se o meu 'crime' for lutar contra a ditadura brasileira, declaro-me culpado de antemão", conclui ele em nota.
Na semana passada, numa rodada de conversas em Washington, Eduardo fez um balanço a integrantes do governo Donald Trump da repercussão das sanções dos Estados Unidos no Brasil e discutiu a ampliação de punições a autoridades brasileiras.
O deputado disse ter enfatizado em reunião com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, que os ganhos financeiros da família do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), têm grande participação da mulher do magistrado, Viviane Barci, como advogada.
Em paralelo, Eduardo e o empresário Paulo Figueiredo, que também estava no encontro, passaram a percepção de que bancos brasileiros não estão executando as sanções a Moraes pela Lei Magnistky na totalidade.
Em troca, a instituição ofereceu a Moraes um cartão da bandeira brasileira Elo, para ele fazer pagamentos no país sem as restrições impostas pela gestão Donald Trump.
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