Esquema para julgamento de Bolsonaro cita gradis no Planalto e segurança no Alvorada

O esquema de segurança para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal) cita a colocação de gradis em torno do Palácio do Planalto, além de reforço nas residências oficiais do presidente Lula (PT) e do vice, Geraldo Alckmin (PSB), se necessário.

O protocolo de segurança foi feito exclusivamente para o julgamento de Bolsonaro, a partir de terça-feira (2). O documento foi aprovado na quinta (28) pela Secretaria de Segurança do Distrito Federal, em reunião com os órgãos de segurança locais e federais.

O plano diz que o Comando Militar do Planalto, por exemplo, deve "empregar efetivo para garantir a segurança das instalações do Palácio do Planalto e Residências Oficiais do Presidente e Vice-Presidente do Brasil".

Já o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) deve "realizar o cercamento da sede do Palácio do Planalto, com gradis, conforme análise e planejamento próprio". O mesmo vale para o Palácio do Itamaraty e para o Ministério da Justiça, que ficam a poucos metros do STF.

Na reunião de quinta, os órgãos de segurança também decidiram colocar uma segunda linha de grades em torno da Praça dos Três Poderes —hoje há uma. A Polícia Militar deve estar em condições de fazer "imediata intervenção e orientação nos casos de aglomeração de pessoas com caráter de manifestação" perto do Supremo.

Os gradis que cercaram o Planalto durante quase dez anos foram removidos por ordem de Lula em maio de 2023, em um gesto simbólico de volta à normalidade. Na ocasião, o presidente determinou que as estruturas só fossem usadas de forma excepcional.

Os gradis metálicos estavam posicionados em torno do Planalto, do STF e do Congresso em 8 de Janeiro de 2023, mas acabaram usados pelos golpistas para quebrar os vidros dos prédios. O grupo também improvisou escadas com as estruturas.

O chamado PAI (protocolo de ações integradas) é praxe em eventos no Distrito Federal. O esquema será modificado para o desfile oficial de 7 de Setembro, data em que bolsonaristas e petistas também planejam atos.

O julgamento de Bolsonaro e de outros sete réus acusados de tentativa de golpe está previsto para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.