Ireuda Silva destaca desafios e avanços no Dia Internacional da Igualdade Feminina

O Dia Internacional da Igualdade Feminina, celebrado em 26 de agosto, é uma data para refletir sobre os avanços conquistados pelas mulheres ao longo da história e, sobretudo, sobre os desafios que ainda persistem em uma sociedade marcada pela desigualdade de gênero. Para a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Salvador, a data deve ser encarada não apenas como celebração, mas como um chamado à mobilização.

“O Brasil ainda convive com profundas desigualdades. As mulheres representam 51,1% da população brasileira, mas continuam sendo as principais vítimas da violência doméstica, recebem salários menores que os homens e enfrentam enormes barreiras para alcançar espaços de liderança”, afirma Ireuda. Ela lembra que, segundo dados do IBGE (2023), as mulheres ganham em média 21% menos que os homens, mesmo ocupando cargos semelhantes.

No campo da violência, o cenário também é alarmante: de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2024), o país registrou mais de 1.400 casos de feminicídio em 2023, o que representa quase quatro mulheres assassinadas por dia pelo simples fato de serem mulheres. “Esses números não podem ser naturalizados. Precisamos de políticas públicas firmes, de fortalecimento da rede de proteção e de conscientização da sociedade para quebrar esse ciclo de violência”, ressalta a vereadora.

Outro dado relevante está na política: embora a lei de cotas tenha ampliado a presença feminina, elas ainda ocupam apenas 18% das cadeiras da Câmara dos Deputados e 15% do Senado Federal, números bem abaixo da média mundial de 26,9%, segundo a União Interparlamentar (2024). “É fundamental estimular a participação das mulheres na política, garantindo não só espaço nas candidaturas, mas também condições reais de campanha e apoio para vencer o machismo estrutural que ainda domina esse campo”, defende Ireuda.

Em Salvador, a vereadora tem pautado sua atuação em defesa da igualdade de gênero, com projetos como o SIMM Mulher, que já capacitou e encaminhou ao mercado de trabalho mais de 5 mil mulheres desde 2020, e o Programa Nova Fase, que reserva vagas de estágio e aprendizagem para filhas de mulheres vítimas de violência doméstica. “A igualdade não será alcançada apenas com discursos, mas com ações concretas que mudem a vida das mulheres, especialmente as mais vulneráveis”, conclui.