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Itamaraty convoca chefe da embaixada dos EUA após novas ameaças de punição a ministros do STF

Itamaraty convoca chefe da embaixada dos EUA após novas ameaças de punição a ministros do STF

Por Folhapress

08/08/2025 às 10:09

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo

Palácio Itamaraty

O Itamaraty convocou o chefe da embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, para dar explicações sobre novas ameaças de punição a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito de uma ofensiva do governo Donald Trump em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em publicação nas redes sociais na quinta-feira (7), a embaixada afirmou que o ministro Alexandre de Moraes é "o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro" e sinalizou que os "aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas" também podem ser punidos.

Escobar esteve no Itamaraty na manhã desta sexta-feira (8).

Na diplomacia, a convocação do embaixador ao Ministério de Relações Exteriores é uma forma de demonstrar descontentamento com temas da relação bilateral. Escobar é encarregado de negócios e responde interinamente pela missão, uma vez que não há embaixador designado.

O diplomata americano já havia sido convocado outras vezes ao Itamaraty para dar explicações sobre decisões e manifestações do governo americano em relação ao governo brasileiro e ao STF.

Nessas reuniões, o encarregado de negócios da embaixada dos EUA foi recebido pela secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, a embaixadora Maria Luiza Escorel. Ele não teve encontros com o chanceler Mauro Vieira.

Uma das primeiras convocações desse tipo ocorreu dias depois que Trump começou a direcionar seus ataques ao Brasil. Na ocasião, a embaixada americana reproduziu afirmações de que Bolsonaro e sua família eram parceiros dos Estados Unidos, falando em perseguição política contra ele.

Desta vez, a nova publicação da embaixada com ameaças ocorreu no mesmo dia em que Escobar se reuniu com o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) para discutir as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump ao país.

Na quinta-feira, Alckmin disse ter apresentado ao diplomata argumentos de que a tarifa efetiva aplicada pelo Brasil a produtos americanos é de 2,7% e que, dos dez produtos que os EUA mais vendem ao Brasil, oito possuem tarifa zerada.

"Ele é o representante dos Estados Unidos no Brasil. [...] E ele veio conversar, nós dissemos claramente os nossos argumentos", afirmou Alckmin, defendendo o diálogo nas negociações com os americanos.

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