Líder comunitária acusa vereadora Eliete Paraguassu de perseguição a marisqueiras e pescadores

A vereadora Eliete Paraguassu (PSOL) foi acusada de “perseguir” marisqueiras e pescadores de Ilha de Maré e de “fraudar” uma documentação da Associação de Moradores, Pescadores e Marisqueiras de Porto dos Cavalos, Martelo e Ponta Grossa em Ilha de Maré. A denúncia foi feita pela líder comunitária Luana do Brasil, nesta segunda-feira (11), durante a Tribuna Popular da sessão da Câmara Municipal de Salvador.

Além disso, a líder comunitária também acusou a vereadora de transfobia, agressão e perseguição. Em entrevista à imprensa, a quilombola, que é diretora da associação, afirmou que a psolista não aceita que as pessoas discordem dela. A vereadora Eliete Paraguassu não esteve presente na sessão para se defender.

“Na verdade, viemos aqui hoje porque são muitos os ataques aos pescadores da Ilha de Maré. Se você não concorda com a vereadora, que defende o ‘mandato das águas’, ela persegue, coage e a comunidade está cansada. Praticamente todos os dias, oficiais de Justiça estão lá por acusações infundadas. Ela alega que os pescadores invadiram a casa dela para agredir sua mãe e sua família. E isso não aconteceu”, afirmou Luana Brasil.

Ainda segundo a representante da associação, a casa da vereadora é monitorada por câmeras, e Luana a desafiou a divulgar possíveis imagens da suposta invasão.

“Hoje, a casa da minha mãe é que é monitorada por câmeras, porque ela [a vereadora] agrediu minha mãe. Ela também usou palavras de baixo calão contra mim, por eu ser uma mulher transexual — tanto que decidi defender essa pauta aqui dentro da Câmara”, acrescentou.

Luana Brasil entregou uma cópia da requisição de instauração de inquérito policial formalizada no Ministério Público da Bahia a cada vereador e afirmou a este Política Livre que vai entrar com uma representação contra a vereadora na Comissão de Ética da Casa.