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Lobista do STJ acumulou frota de 396 veículos e 4 aeronaves com valor de R$ 113 milhões, diz PF

Lobista do STJ acumulou frota de 396 veículos e 4 aeronaves com valor de R$ 113 milhões, diz PF

Por Estadão Conteúdo

30/08/2025 às 11:16

Foto: Reprodução

Frota de aeronaves da Florais Táxi Aéreo, empresa do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves suspeita de irregularidades

Suspeito de operar um esquema de venda de decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outros tribunais, o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves acumulou um patrimônio de 396 veículos e quatro aeronaves em suas empresas que totalizam R$ 113 milhões. A frota de veículos pertence à empresa Florais Transporte, que é suspeita de ser usada por Andreson para lavagem de dinheiro e pagamentos de propina.

A empresa tem apenas 48 funcionários e, segundo a Polícia Federal, não teria capacidade para operar toda a frota que possui. As informações foram levantadas pela PF na investigação sobre o esquema venda de decisões judiciais.

De acordo com a PF, a empresa possui 113 caminhões de carga chamados de cavalos tratores, 48 reboques, 215 semirreboques e 20 veículos leves, com valor total estimado de R$ 97 milhões. Procurada, a defesa do empresário nao quis comentar.

As informações foram produzidas em um relatório da PF enviado neste mês ao ministro Cristiano Zanin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). A PF está na fase final da investigação sobre um suposto esquema de venda de decisões envolvendo assessores do STJ.

Andreson é um dos personagens centrais, suspeito de cooptar servidores do Judiciário em troca da obtenção de informações dos tribunais de diversas instâncias.

Chamou atenção dos investigadores o fato de que a Florais Transportes ter uma frota que é oito vezes maior do que seu contingente de funcionários.

O lobista também é dono da Florais Taxi Aéreo, que tem uma frota de quatro aeronaves no valor de R$ 16 milhões. A PF apontou indícios de irregularidades na operação da empresa, como a suspeita de que ela não é usada para aluguel de serviços de táxi aéreo.

“Embora formalmente autorizada a atuar como táxi aéreo, a estrutura operacional e os registros disponíveis não demonstram compatibilidade com essa finalidade. O volume reduzido de voos, a ausência de movimentação de uma das aeronaves, a inexistência de seguro obrigatório (RETA) nas certidões de matrícula e a subutilização geral da frota indicam desvio de padrão esperado para a atividade”, diz o relatório da PF.

Uma das hipóteses em apuração é que o lobista emprestava as aeronaves para o uso de autoridades do Judiciário, dentro de seu esquema de venda de decisões.

“Parte relevante desse material não apenas reforça hipóteses previamente estabelecidas, como também amplia o escopo investigativo, revelando conexões até então não identificadas e exigindo reorganização lógica e cronológica dos elementos já constantes dos autos investigativos”, apontou a PF.

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