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Ministério Público investiga contrato emergencial de padrinho de Nunes com Prefeitura de SP

Ministério Público investiga contrato emergencial de padrinho de Nunes com Prefeitura de SP

Por Carlos Petrocilo/Folhapress

09/08/2025 às 08:18

Foto: Rovena Rosa/Arquivo/Agência Brasil

Ricardo Nunes

O Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar possíveis irregularidades em contrato emergencial firmado entre a Prefeitura de São Paulo e a empresa DPT Engenharia e Arquitetura.

O promotor Pedro Ferreira Leite Neto instaurou o procedimento, no dia 31 de julho, após denúncia da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP).

Como a Folha mostrou, em outubro de 2023, o CEO da empresa, como consta em seu site, é Pedro José da Silva, padrinho da filha do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Na ocasião, a DPT havia fechado nove acordos assinados de 2021 a 2023 sem licitação, totalizando R$ 43 milhões.

O inquérito visa apurar apenas um destes contratos, feito com a Siurb (Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras), no valor de R$ 4,4 milhões. Trata-se de uma obra de contenção de margem de um córrego em Parelheiros.

A DPT tem como único sócio o filho de Pedro, Pedro José da Silva Junior, e foi constituída em 2019. No ano seguinte, a empresa já firmou o primeiro acordo com a prefeitura.

No procedimento preparatório, que antecede a abertura do inquérito, a empresa diz que não obteve nenhum favorecimento e que não tinha nenhuma relação com Pedro.

Ao Painel a gestão Nunes disse que é "irresponsável qualquer tentativa leviana de inferir uma relação que não seja estritamente profissional do empresário com a administração" e que o empresário presta serviços para prefeitura há mais de 20 anos.

"A prefeitura também lamenta as ilações feitas pela candidata derrotada na última eleição municipal", diz a nota. A gestão Nunes afirmou, ainda, que a obra foi concluída e que a Siurb prestará esclarecimentos ao Ministério Público.

Tabata, que no ano passado disputou a eleição municipal, diz que a prefeitura não pode ser balcão de negócios de Nunes. "A dispensa de licitação é uma ferramenta excepcional, que deve ser usada para exceções, para proteger vidas, e não para beneficiar compadres", disse a deputada.

"Quando há contratos milionários com amigos do prefeito é nossa obrigação acionar os órgãos de controle", completa.

A coluna procurou Pedro na sexta (8), mas ele não se manifestou até a publicação desta nota.

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