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MP pede suspensão de obras de R$ 1,5 mi em sala VIP para ministros do TST

MP pede suspensão de obras de R$ 1,5 mi em sala VIP para ministros do TST

Por Mônica Bergamo, Folhapress

08/08/2025 às 17:08

Foto: Divulgação/Arquivo

Tribunal de Contas da União

O Ministério Público apresentou uma representação ao TCU (Tribunal de Contas da União) pedindo a suspensão temporária do contrato firmado pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) para a construção de uma sala VIP para os 27 ministros da corte no aeroporto de Brasília.

A obra, que prevê gastos de R$ 1,5 milhão em dois anos, inclui piso de granito, banheiros privativos e acompanhamento pessoal de funcionários do aeroporto. O documento, assinado pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, questiona a dispensa de licitação no processo de contratação da concessionária Inframérica, responsável pela reforma.

Além disso, a representação afirma que os gastos para a construção da nova sala VIP podem ser desproporcionais.

"Com relação à economicidade e à razoabilidade dos gastos, o custo total do projeto, superior a R$ 1,5 milhão em dois anos, parece, a meu ver, desproporcional, especialmente considerando que o espaço será utilizado exclusivamente por 27 ministros", diz o texto.

O TST justificou a reforma como uma medida de segurança para resguardar seus ministros e evitar a "aproximação de pessoas inconvenientes".

A representação, no entanto, questiona a real necessidade do espaço exclusivo, argumentando que já existem salas VIP no aeroporto que poderiam ser utilizadas pelos magistrados mediante pagamento ou uso de cartão de crédito, sem a necessidade de criação de uma estrutura própria.

Segundo o Ministério Público, o tribunal não apresentou nenhum estudo técnico que comprove a existência de riscos concretos para as autoridades no atual modelo de embarque.

"Desse modo, a utilização de recursos públicos para financiar benefícios exclusivos, como transporte privativo e acompanhamento pessoal em viagens pessoais, não parece atender ao princípio da impessoalidade, previsto no artigo 37 da Constituição Federal", afirma o documento.

O documento também recomenda a adoção de medidas alternativas à construção, sem gerar custo excedentes para o setor público, como o reforço de seguranças.

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