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Não quero falar daquele cidadão, quero falar do país, diz Lula após prisão domiciliar de Bolsonaro

Não quero falar daquele cidadão, quero falar do país, diz Lula após prisão domiciliar de Bolsonaro

Por Mariana Brasil, Folhapress

05/08/2025 às 14:02

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo

O presidente da República Luiz Inácio do Lula da Silva

O presidente Lula (PT) disse não querer falar de Jair Bolsonaro (PL), que teve prisão domiciliar decretada na segunda-feira (4), para priorizar falar do Brasil na apresentação dos trabalhos do Conselhão, nesta terça (5).

"Acho que hoje é um dia de dar boas notícias. Vim comprometido a não falar muito da taxação, mas tenho que falar porque também, se eu não falar, vocês vão dizer 'por que Lula não falou? medo do Trump?'. Também não quero falar do que aconteceu com aquele outro cidadão, que tentou dar o golpe...quero falar é do país", declarou.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretou na segunda-feira (4) a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprimento às medidas restritivas impostas anteriormente.

As declarações de Lula foram dadas durante a 5ª reunião plenária do CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável), o chamado Conselhão, órgão responsável por assessorar o presidente da República nas decisões do Executivo. O colegiado é formado por representantes da sociedade civil e do empresariado.

Até então, o ex-presidente estava impedido de sair de casa a partir das 19h, fazendo uso da tornozeleira eletrônica e proibido de usar as redes sociais.

Agora, Moraes proibiu visitas a Bolsonaro, a não ser de advogados e de pessoas autorizadas nos autos, e vetou o uso de celulares pelo ex-presidente, diretamente ou por meio de outras pessoas. O ministro do STF afirmou ainda que o descumprimento da prisão domiciliar resultará na decretação de prisão preventiva.

De acordo com a decisão, uma publicação feita pelo filho mais velho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), contribuiu para a ampliação das restrições.

Além disso, uma ligação feita entre Bolsonaro e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), seu apoiador, e a participação do ex-presidente em divulgações das manifestações a favor dele também foram determinantes para decretar a prisão, conforme diz a decisão do ministro.

A defesa de Bolsonaro, por sua vez, nega que tenha havido descumprimento das medidas e vai entrar com recurso contra a prisão domiciliar.

Conforme mostrou a Folha, integrantes do governo admitiram, sob reservas, a possibilidade de a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro exasperar o presidente americano, Donald Trump, a dois dias da adoção das sanções econômicas anunciadas por ele contra o Brasil.

No evento, os novos conselheiros tomaram posse. Os mandatos são de dois anos, e a configuração anterior venceu em maio.

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