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Oposição aproveita fraqueza de Milei e instala comissão para investigar escândalo de criptos

Oposição aproveita fraqueza de Milei e instala comissão para investigar escândalo de criptos

Por Douglas Gavras/Folhapress

28/08/2025 às 21:45

Foto: Reprodução/Instagram

O presidente da Argentina, Javier Milei

Após cinco meses de tentativas e manobras dos governistas, a oposição conseguiu instalar nesta quinta-feira (28) a comissão especial de investigação sobre o caso $Libra, o escândalo com a criptomoeda promovida pelo presidente da Argentina, Javier Milei.

A instauração da comissão ocorre em um momento de extrema fragilidade do governo, abalado por outra investigação de corrupção, em que áudios atribuídos ao ex-diretor da agência do governo para pessoas com deficiência denunciam um suposto esquema de propinas envolvendo a irmã de Milei, Karina.

O grupo que vai investigar o caso $Libra na Câmara dos Deputados escolheu Maximiliano Ferraro, da Coalizão Cívica, como presidente. A comissão estava parada devido a um empate técnico: enquanto 14 membros queriam aprofundar a investigação sobre a participação de Milei e de Karina no episódio, outros 14 não queriam que os trabalhos avançassem.

O impasse surgiu porque, ao criar o projeto, os partidos majoritários precisavam assegurar assentos para partidos menores, como a Coalizão Cívica e a Frente de Esquerda.

Cada bloco com cinco membros teria um representante, e blocos maiores poderiam ter mais representantes. Isso deu à oposição, liderada pelo peronismo, uma vantagem na representação.

Contudo, os libertários, de Milei, e o PRO (do ex-presidente Mauricio Macri) conseguiram usar a redação do projeto a seu favor, formando um novo bloco misto e exigindo mais representantes. Esse movimento causou um equilíbrio de forças, impossibilitando a eleição de um presidente para a comissão.

A oposição apresentou uma nova resolução: em caso de empate, o presidente seria o deputado apoiado pelos blocos parlamentares com o maior número de deputados na Câmara.

Também foram incluídos ajustes no quórum e no sistema de votação. O novo regulamento estipula que as decisões se tomem por maioria dos presentes.

Com a derrota, os parlamentares do A Liberdade Avança, grupo político de Milei, decidiram não participar mais das reuniões.

A oposição, por outro lado, argumenta que a comissão pode finalmente funcionar e obter respostas sobre as questões envolvendo a criptomoeda $Libra. Os parlamentares têm até o dia 10 de novembro para apresentar resultados.

O caso $Libra é de fevereiro do ano passado. Milei havia publicado no X uma mensagem, fixada em seu perfil por mais de cinco horas, com um link para o projeto chamado "Viva La Libertad Project".

"O mundo quer investir na Argentina. $LIBRA", dizia a postagem, com o nome do token, uma unidade de valor digital baseada na tecnologia blockchain sem valor em moeda real.

O token fazia parte de uma plataforma que tinha lançado a moeda $Trump um mês antes. O critpoativo promovido por Milei teve rápido aumento e queda, gerando perdas para investidores.

Karina Milei foi mencionada por envolvidos como alguém que teria facilitado o acesso deles a Milei. O caso é investigado também nos Estados Unidos.

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