Oposição na Câmara questiona pedidos de empréstimos do prefeito Bruno Reis

A bancada de oposição na Câmara Municipal de Salvador (CMS) questionou  os dois projetos encaminhados pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), que tratam da solicitação de empréstimos. As propostas, atualmente em tramitação na Casa, preveem a contratação de créditos que, somados, totalizam R$ 1,28 bilhão.

Os pedidos de empréstimo foram enviados na semana passada e lidos em plenário na sessão da última segunda-feira (18) pelo primeiro secretário da Câmara, vereador Cláudio Tinoco (União Brasil). De acordo com o líder do governo na Casa, vereador Kiki Bispo (União Brasil), os projetos apresentam detalhadamente a destinação dos recursos. No entanto, em entrevista exclusiva a este Política Livre nesta quarta-feira (20), a líder da bancada de oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), contestou essa afirmação.

"O que nós estamos questionando são aqueles empréstimos que vêm sem destinação, sem um objeto específico, porque a operação de crédito, o empréstimo, você toma para financiar um programa específico pontual, como, por exemplo, um sistema de mobilidade. A gente já sabe que aquele empréstimo que foi tomado é para investimento em alguma coisa que vai ajudar no desenvolvimento da cidade, como o governador tem feito. Aqui, nós temos o caso de um desses empréstimos, não tem destinação, que é inclusive o de maior valor", afirmou Aladilce.

“A sensação que dá é que o empréstimo será para organizar as dívidas do município em função da falta de planejamento. Então a gente está questionando isso. É como se fosse assim um cheque em branco. O maior empréstimo está voltado para equilíbrio fiscal. Significa o quê? Que o município é bastante endividado e precisa desse fluxo de caixa, dessa alimentação para equilibrar o orçamento, para o município não ficar em déficit orçamentário e não ficar um município que não equilibra suas receitas?”, questionou a líder da oposição.