Presidente da CCJ do Senado, Otto Alencar mantém sabatinas apesar de boicote da oposição

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que seguirá com as sabatinas de indicados para agências reguladoras e tribunais superiores, mesmo diante do boicote articulado por senadores bolsonaristas. O grupo tenta impedir a análise das nomeações em retaliação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é do colunista Igor Gadelha, do "Metrópoles".

Segundo Otto, as sessões só não ocorrerão se a oposição ocupar fisicamente a comissão. “Só (não vou fazer as sabatinas) se eles (bolsonaristas) ocuparem aqui. Se eles não ocuparem, eu venho. Dou minha presença. Se tiver 14 (senadores), eu abro”, disse Otto Alencar, que já recebeu alguns indicados em seu gabinete, como a procuradora Marluce Caldas, escolhida por Lula para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), e o advogado Artur Watt Neto, indicado para a direção-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Enquanto isso, outras comissões também discutem a realização das sabatinas. O presidente da Comissão de Infraestrutura, Marcos Rogério (PL-RO), recebeu o desembargador Carlos Brandão, também indicado para o STJ, mas ameaça paralisar as indicações às agências reguladoras — como ANTT, ANP e ANM — até que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), paute matérias de interesse do bolsonarismo. A expectativa é que as sabatinas e votações no plenário ocorram entre 11 e 15 de agosto.