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Tarcísio diz que Poderes têm que ceder e cita anistia como solução após reunião de governadores
Tarcísio diz que Poderes têm que ceder e cita anistia como solução após reunião de governadores
Por Weslley Galzo/Estadão
07/08/2025 às 19:30
Atualizado em 07/08/2025 às 21:50
Foto: Pablo Jacob/Divulgação/Governo de SP

Após mais de duas horas de reunião na casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) nesta quinta-feira, 7, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), falou em nome dos oito chefes de governo estaduais presentes no encontro e defendeu que todos os Poderes “precisam ceder” para resolver a crise institucional em curso com o tarifaço norte-americano e o julgamento das ações penais do golpe pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Sobre as formas que os Poderes poderiam agir para desescalar a crise interna e com o governo dos Estados Unidos, Tarcísio mencionou a votação da anistia aos condenados pelos atos golpistas no dia 8 de janeiro de 2023. A posição foi endossada pelos governadores Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e Mauro Mendes (União), Mato Grosso, que defenderam a “liberdade” do Congresso para votar o tema como resposta ao “desejo da maioria”.
Mauro Mendes criticou, por exemplo, a declaração do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), aos líderes partidários em reunião nesta quinta-feira. Como revelou a Coluna do Estadão, o chefe do Congresso afirmou que “nem com 81 assinaturas (número total de senadores) pauto impeachment de ministro do Supremo”.
“Há que se estabelecer uma harmonia institucional. A gente entende que os Poderes têm papéis na mitigação da crise. A gente não pode ter um Poder se sobrepondo ao outro. Os Poderes tem que contribuir para desescalar a crise. A gente tem que defender as funções típicas de cada poder, por exemplo o parlamento”, disse Tarcísio.
Em recado ao STF, o governador paulista afirmou que não é razoável que, “em nome de determinados valores, a gente agrida outros”. Segundo ele, o “caminho (para solucionar a crise) está quando cada um cede um pouquinho”. Mas, ao ser questionado pelo Estadão como o Judiciário poderia ceder na sua prerrogativa de julgar ações penais, Tarcísio não respondeu.
Também estiveram presentes os governadores Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Ratinho Junior (PSD), do Paraná; Cláudio Castro (PL), do Rio; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Wilson Lima (União), do Amazonas. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), constava na lista de convidados divulgada pelos assessores de Ibaneis, mas não compareceu ao encontro.
