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Apesar dos obstáculos, sete deputados estaduais baianos se preparam para disputar vaga na Câmara Federal

Apesar dos obstáculos, sete deputados estaduais baianos se preparam para disputar vaga na Câmara Federal

Por Política Livre

29/09/2025 às 10:14

Foto: Vinicius Loures/Arquivo/Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara dos Deputados

Sete deputados estaduais se movimentam para tentar trocar a Assembleia Legislativa pela Câmara Federal em 2026. Apesar de tentadora, a mudança não será tarefa fácil para a maioria dos postulantes, sobretudo porque enfrentarão concorrentes que já possuem mandato e o direito de indicar cerca de R$50 milhões em emendas impositivas por ano para assegurar a reeleição nos redutos políticos.

A lista poderia ser maior, mas o deputado Roberto Carlos (PV), que cogitava uma candidatura a federal, anunciou que vai concorrer à reeleição (clique aqui para ler). Almejam tentar o salto para Brasília os deputados Alan Sanches (União), Leandro de Jesus (PL), Manoel Rocha (União), Olívia Santana (PCdoB), Raimundinho da JR (PL), Robinho (União) e Vítor Bonfim (PV).

Dos sete, três estão na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT): Olívia, Raimundinho e Vitor. Os demais integram a oposição e pretendem apoiar a candidatura do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) ao Palácio de Ondina.

Desses, um já confirmou a mudança de partido antes do pleito: Raimundinho da JR, que acertou o ingresso no Solidariedade. Outros dois cogitam a possibilidade: Vitor Bonfim, que negocia a filiação ao PSB, e Alan Sanches, que nunca descartou fazer o movimento de forma consensual com ACM Neto se a troca garantir mais chances de vitória em 2026.

Transferência de votos - Em tese, Manoel Rocha teria o caminho mais fácil para ter êxito em 2026. Isso porque o pai dele, o deputado federal José Rocha (União), quer concorrer ao Senado, transferindo os votos para o filho. Caso não consiga a vaga na chapa da oposição, deve se aposentar da política depois de longevos oito mandatos.

Mais apressadinho - Tendo Salvador como principal reduto eleitoral, Alan Sanches começou a atrair lideranças mirando à Câmara Federal ainda no início de 2023. Além do apoio irrestrito do filho, vereador Duda Sanches (União), negocia agressivamente outras parcerias na capital, sobretudo com ex-edis e suplentes, além de lideranças de bairro. Também costura uma "dobradinha" com Igor Dominguez (DC), assessor especial do Palácio Thomé de Souza e que mir uma cadeira na Assembleia, e espera contar com uma "forcinha" do prefeito Bruno Reis (União).

No interior, Alan aposta em outra "dobradinha": com o empresário Ditinho Avivip, de Santo Antônio de Jesus, outro que tentará uma cadeira na Assembleia com "bala na agulha", como se diz no meio político sobre quem dispõe de recursos financeiros. O acordo entre os dois envolve, inclusive, uma troca de votos na capital do Recôncavo e em Salvador. Alan conta ainda com o apoio do prefeito da cidade, Genival Deolino (PSDB), embora não seja o único concorrente a federal da lista do tucano

Campo bolsonarista - No espectro da extrema direita, Leandro de Jesus deve enfrentar um cenário duro. Bolsonarista ostensivo, ele tenta se consolidar como nome do PL, mas vai disputar espaço com um oponente consolidado no mesmo partido e campo ideológico quando o assunto é voto de opinião: o deputado federal Capitão Alden. A candidatura é estimulada pelo presidente da legenda na Bahia baiano, João Roma, que sempre temeu perder o controle do partido para Alden.

Apoio de Elmar - O outro candidato a federal pela oposição é Robinho, bolsonarista, pecuarista e ex-prefeito de Nova Viçosa, cargo ocupado atualmente pela esposa do parlamentar, Luciana Machado (União). Para ter êxito em 2026, ele espera contar com o apoio do deputado federal Elmar Nascimento (União), que prometeu viabilizar cerca de 10 mil votos para o aliado, mesmo sendo postulante à reeleição.

Nome forte - Na esquerda, o nome mais forte é o de Olívia Santana (PCdoB), ex-vereadora de Salvador e em seu segundo mandato de estadual - foi, inclusive, a mais votada na capital baiana em 2022. Ela tem reduto sólido na cidade, e sua candidatura prejudica diretamente a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), a quem sempre apoiou e que tentará a reeleição. Segundo avaliação feita por lideranças comunistas, a tendência é que Olívia supere a votação de Alice na capital baiana.

Tarefa árdua - Eleito pelo PL em 2022, com apenas 38.329 votos, Raimundinho da JR, hoje na base do governo, é, dos setes estaduais que almejam uma cadeira na Câmara, aquele com a tarefa mais árdua, mesmo num partido menor como o Solidariedade. Ele aposta principalmente no apoio do prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL), para virar congressista.

Companheira Lídice - Vítor Bonfim, filho do ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) João Bonfim, é outro que deve tentar o salto em 2026. Ex-vereador em Guanambi e atualmente em seu segundo mandato de estadual, ele sabe que se ficar no partido em que está as chances de sucesso são reduzidas, pois o PV forma uma federação com o PT e o PCdoB. Por isso, negocia a filiação ao PSB, sigla que tem atualmente apenas uma representante na Câmara pela Bahia: Lídice da Mata.

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