Felipe Freitas alfineta ACM Neto, descarta candidatura em 2026 e avalia cenário político

O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, marcou presença na posse do novo presidente estadual do PT, Tássio Brito, realizada na tarde deste sábado (6), no Hotel Fiesta, em Salvador. Durante entrevista ao Política Livre, ele comentou sobre segurança pública, criticou a postura da oposição e descartou disputar as eleições de 2026.

Ao ser questionado sobre as críticas feitas pelo ex-prefeito ACM Neto ao governo estadual na área da segurança pública, Freitas foi direto: “Bem, eu acho que tem uma mudança radical do ponto de vista da estrutura das polícias. As polícias hoje, nos nossos governos, desde Jacques Wagner, viveram uma revolução do ponto de vista da sua estrutura, do ponto de vista do seu enquadramento funcional, do ponto de vista da sua remuneração e do ponto de vista da sua relação com o governo. Os governos que nos antecederam tratavam as polícias como seus subordinados políticos diretos e nós tratamos a polícia como servidores públicos que merecem nosso respeito e que precisam cumprir as suas obrigações”.

Para ele, transformar o tema em palanque eleitoral é um equívoco: “Eu acho que é muito ruim quando a oposição chama esse debate para tratar ela, brincando inclusive com o sofrimento das pessoas. Porque todo mundo que é vítima da violência sofre muito. Então isso não é assunto para estar na mesa da politicagem, na mesa do debate político. É um assunto que todos nós precisamos nos unir para enfrentar”. O secretário ainda destacou os investimentos em inteligência e a recente operação federal contra o crime organizado, classificada como a maior da história: “Essa operação, que é a maior operação contra o crime, foi realizada sem dar um tiro, sem ter nenhum tipo de violência nas comunidades, o que mostra que o investimento em inteligência é o melhor caminho que a gente tem que apostar”.

No campo político, Freitas foi enfático ao negar qualquer intenção de disputar cargos eletivos em 2026: “Não, eu fico na secretaria enquanto o governador Jerônimo achar conveniente. A minha expectativa é ficar até o final da gestão e contribuir na coordenação da campanha do governador. É isso que eu estou organizado para fazer, eu não tenho nenhum interesse em ser candidato a deputado, pelo contrário, eu quero ajudar os nossos companheiros, ajudar a organizar a nossa chapa”.

O secretário avaliou ainda que o PT terá uma chapa forte nas próximas eleições, citando nomes como Lucas Reis, chefe de gabinete do senador Jaques Wagner; a secretária Fábia Reis; a secretária Rovena Brito; além da ministra Margareth Menezes, Maria Marighella e Moema Gramacho: “Eu acho que nós vamos ter, tanto na chapa federal quanto na chapa estadual, candidaturas muito fortes, colocadas, e nós vamos ter a ampliação da nossa bancada. Essa é a minha avaliação hoje”.

Com informações da repórter Carine Andrade.