Governistas reagem à anistia e apostam em veto de Lula, que prepara discurso sobre soberania no 7 de Setembro

O governo intensificou a mobilização contra a proposta de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O presidente Lula e a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) afirmaram que o Palácio do Planalto usará todo o peso político para barrar a medida. Caso avance no Congresso, aliados dão como certo o veto presidencial, o que exigiria maioria qualificada para derrubá-lo. Lula reforçou que não é possível perdoar crimes contra a democracia e declarou que Bolsonaro assume culpa ao pedir anistia. A informações do jornal "O Globo".

No dia da Independência, Lula fará pronunciamento em cadeia nacional destacando a soberania nacional e criticando “traidores da pátria”, em referência a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de articular sanções contra o Brasil junto ao governo dos Estados Unidos. A fala de quase seis minutos foi gravada no Planalto e segue o tom das campanhas publicitárias da Secom, que têm usado a soberania como mote.

Apesar da resistência do governo, a oposição pressiona pela votação do projeto após o julgamento do STF sobre a tentativa de golpe. Na Câmara, os aliados de Bolsonaro afirmam já ter maioria simples para aprovar o texto, mas no Senado o cenário é desfavorável, com forte rejeição da CCJ e da presidência da Casa. Além das dificuldades políticas, ministros do Supremo já apontaram que a proposta é inconstitucional, lembrando a decisão que derrubou, em 2023, o perdão concedido a Daniel Silveira.