Jerônimo afirma que “tem sondado nomes” para assumir pasta relacionada à Ponte Salvador-Itaparica

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou que “por questão de ética” não vai antecipar o anúncio sobre quem será o titular da Secretaria Especial para Assuntos Relacionados à Ponte Salvador-Itaparica (Seponte).

Em entrevista a um telejornal da capital baiana, nesta sexta-feira (19), o chefe do Executivo estadual admitiu que “tem sondado nomes”, mas que só baterá o martelo após aprovação do projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa. A pasta especial será provisória e cuidará do projeto da ponte até que a estrutura passe a ser administrada através de uma Parceria Público-Privada (PPP).

“Por questão de ética, eu preciso que a Assembleia aprove [o projeto]. Eu já tenho sondado, já estão na minha mesa os nomes que comporão essa secretaria, mas eu prefiro aguardar a votação para não desrespeitar o processo de votação dentro da Assembleia. Mesmo sendo por decreto é uma orientação minha”, despistou.

De acordo com o governador, pela lei, ele pode criar até duas secretarias extraordinárias. “Eu vou fazer uma secretaria muito pequena, com um secretário e no máximo duas superintendências. O que eu vou enviar para a Assembleia é uma ampliação dentro da Seinfra [Secretaria de Infraestrutura], uma estrutura para poder aliviar os custos dessa secretaria”, explicou Jerônimo.

Sobre a parte burocrática, Jerônimo reforçou que o contrato para construção da ponte Salvador-Itaparica tem uma cláusula que determina que o consórcio chinês tem que iniciar as obras em até um ano após a assinatura e que, agora, ele se sente mais tranquilo, pois o contrato atual foi mediado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e é acompanhando pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por conter recurso federal.

Dança das cadeiras

Sobre a parte política, o governador Jerônimo Rodrigues confirmou já ter alinhado com os presidentes dos partidos que compõem a base do governo que os titulares das secretarias que vão disputar eleição para deputado estadual ou federal em 2026 deverão deixar os cargos até o dia 31 de dezembro. Ele pontuou, contudo, que a saída dos titulares ainda em dezembro permitirá que ele tenha mais tempo para fazer a oxigenação nas pastas.