“Não estamos passivos, vamos disputar as lideranças desses partidos”, diz presidente nacional do PT sobre saída da União Progressista do governo Lula

O presidente nacional do PT, Edinho Silva, reagiu neste sábado (6) à decisão da federação União Progressista — formada por União Brasil e PP — de deixar a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante a posse do novo presidente estadual da sigla na Bahia, Tássio Brito, em Salvador, Edinho afirmou que a mudança não compromete a governabilidade e garantiu que o partido continuará trabalhando para manter parte das lideranças dessas legendas ao lado do governo, incluindo ministros como André Fufuca (Esporte), do PP, e Celso Sabino (Turismo), do União Brasil.

“Não acredito [que a saída afeta a governabilidade]. Penso que é uma escolha que esses partidos estão fazendo, o que não significa que vamos dar de barato esse movimento, nós vamos disputar as lideranças desses partidos, dialogando com respeito às suas direções, mas vamos dialogar com as lideranças, com deputados e senadores que sempre votaram com o governo e que querem continuar votando”, disse.

Para ele, a saída dos dois partidos deve ser compreendida dentro da dinâmica natural do jogo político, mas visou que o PT é o governo Lula não estão “passivos” ao movimento dos antigos aliados que agiram decidiram rumar para a oposição.

“É a disputa política, temos que enxergar isso com naturalidade, na democracia os partidos decidem participar de governos, mudam de opinião, mas isso não significa que nós estamos passivos diante desse cenário. Nós vamos disputar as lideranças desses dois partidos, principalmente os ministros. O governo está dialogado, eu como presidente partido também tenho dialogado com eles. Se eles quiserem ficar no governo, terão todo o apoio e todo o suporte necessário”, completou.

Com informações da repórter Carine Andrade.