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Parque Metropolitano do Abaeté celebra 32 anos com entrega de obras de requalificação nesta quarta (3)

Parque Metropolitano do Abaeté celebra 32 anos com entrega de obras de requalificação nesta quarta (3)

Por Redação

01/09/2025 às 17:39

Foto: Matheus Lemos/Ascom Inema

Parque é gerido pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema)

Símbolo cultural e ambiental de Salvador, o Parque Metropolitano do Abaeté completa, nesta quarta-feira (3), 32 anos de criação. Gerido pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), o território é marcado por forte valor simbólico e reúne tradições das religiões de matriz africana, além do trabalho histórico das lavadeiras, lendas populares e narrativas inspiradas em suas águas escuras, em contraste com as dunas de areia branca.

Para marcar o aniversário, o Governo da Bahia promove a entrega da primeira etapa das obras de requalificação do Centro de Atividades do Parque, executadas pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder) e acompanhadas pelo Inema, com investimento de R$ 5,1 milhões, recursos do Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente (Ferfa).

“Mais do que uma obra de infraestrutura, a requalificação do Parque é um investimento na conservação ambiental e na valorização cultural. Chegar aos 32 anos com este novo ciclo é reafirmar o compromisso do Governo do Estado em garantir que o Abaeté continue sendo espaço de memória, identidade e, ao mesmo tempo, de desenvolvimento sustentável e inclusão social”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Mendonça Sodré Martins.

Criado em 3 de setembro de 1993, o Parque está inserido na Área de Proteção Ambiental (APA) Lagoas e Dunas do Abaeté. Ao todo, são 18 lagoas interligadas, dunas, vegetação de restinga e espécies nativas em uma área de 12.870 m² e 225 hectares urbanizados. Do ponto de vista ecológico, o Parque apresenta atributos naturais de grande relevância, como lagoas interligadas, dunas de areia branca, vegetação de restinga e fauna nativa. Trata-se de um ecossistema frágil e de alto valor paisagístico, essencial para a recarga hídrica, a manutenção da biodiversidade e a preservação de espécies vulneráveis, a exemplo do lagartinho-do-Abaeté (Cnemidophorus abaetensis).

Segundo o diretor-geral do Inema, Eduardo Topázio, o cuidado com o território é uma prioridade. “O Abaeté é um espaço de grande simbolismo para Salvador e para a Bahia. Nosso compromisso é cuidar desse patrimônio com responsabilidade, assegurando sua preservação e oferecendo à população um ambiente renovado”, destacou.

A requalificação contempla uma área total de aproximadamente 750 m², com melhorias em restaurantes, lanchonetes, lojas, sanitários, posto policial e depósitos, além de modernização das instalações elétricas, hidrossanitárias e do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA). As intervenções também incluem o fechamento de um trecho de 900 metros do perímetro do parque, com gradil de 2 metros de altura, ação realizada a pedido do Inema e autorizada pelo Conselho Gestor da APA Lagoas e Dunas do Abaeté.

Responsável por acompanhar de perto as obras, a coordenadora da APA e parte integrante do Conselho Gestor, Aline Freitas, ressaltou que o projeto foi desenvolvido com base em princípios técnicos e de valorização cultural. “A execução da obra atendeu aos princípios de acessibilidade, sustentabilidade e respeito ao patrimônio cultural e ambiental, representando um marco para a revitalização do Parque Metropolitano do Abaeté”, explicou.

Além da sua importância ecológica, o Parque guarda uma forte dimensão cultural. Foi fonte de inspiração para artistas como Vinícius de Moraes, Dorival Caymmi e Toquinho, consolidando-se como um dos principais símbolos de Salvador e da Bahia.

Principais melhorias entregues:

• Centro de Atividades (CAT): requalificação de 14 unidades comerciais, com nova identidade visual, rede elétrica e hidráulica, esgotamento individualizado e acessibilidade universal;

• Sustentabilidade: implantação de placas fotovoltaicas para geração de energia limpa e de sistema de captação de águas pluviais para uso não potável (limpeza, irrigação e manutenção de áreas comuns);

• Infraestrutura: requalificação dos sanitários públicos, recuperação da Casa da Bomba, cercamento metálico das áreas de uso intensivo, pavimentação e drenagem de acessos;

• Lazer e cultura: modernização de dois parquinhos infantis e preservação de equipamentos culturais existentes.

Próximos passos

A segunda etapa da requalificação está prevista para setembro de 2025 e contempla a construção do Centro de Memória da APA Lagoas e Dunas do Abaeté, voltado à preservação da história e da identidade local, e a implantação da sede das Ganhadeiras de Itapuã, um dos grupos culturais mais representativos da Bahia.

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