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Polícia detém homem suspeito de provocar incêndio em Brasília durante julgamento de Bolsonaro
Polícia detém homem suspeito de provocar incêndio em Brasília durante julgamento de Bolsonaro
Por Thaísa Oliveira/Raquel Lopes/Folhapress
09/09/2025 às 18:10
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A Polícia Militar do Distrito Federal afirmou que deteve um homem suspeito de atear fogo em dez banheiros químicos instalados na Esplanada dos Ministérios durante o terceiro dia de julgamento da trama golpista, nesta terça-feira (9).
Segundo a major da Polícia Militar Talita Soares, o suspeito de 22 anos é um homem em situação de rua. Ele estava portando um isqueiro, gás inflamável, uma lâmina e, supostamente, um vidro de perfume.
No momento da prisão, ele permaneceu em silêncio, sem confirmar ou negar a autoria do incêndio. A PM informou, contudo, que há um vídeo do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) que mostra o homem passando próximo aos banheiros químicos. Logo depois o fogo começa.
De acordo com a major, o suspeito foi detido nas imediações do Teatro Nacional, próximo ao local da ocorrência. Ela acrescentou que ele já possui passagem pela polícia por violência doméstica, porte de arma branca e furtos diversos.
O homem está sendo ouvido pela Polícia Civil.
O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal foi acionado por volta das 11h20 para conter as chamas, que começaram nas proximidades do Teatro Nacional. O fogo se propagou rapidamente, mas foi controlado pela corporação.
O Teatro Nacional fica a pouco mais de dois quilômetros do STF (Supremo Tribunal Federal), onde ocorre o julgamento. Os banheiros químicos faziam parte da estrutura montada para o desfile de 7 de Setembro, no último domingo.
"Em razão da alta velocidade de propagação, suspeita-se, em análise preliminar, que o incêndio possa ter sido criminoso", afirmou em nota a Secretaria de Segurança do STF. Uma equipe da Polícia Federal esteve no local para trocar informações com a Polícia Civil do DF.
Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram nesta terça para condenar Jair Bolsonaro (PL) por liderar uma associação criminosa e tentar permanecer no poder após a vitória de Lula (PT), em 2022.
