'União Brasil nunca fez parte do governo Lula', diz Bruno Reis
Por Reinaldo Oliveira, Política Livre
04/09/2025 às 16:10
Atualizado em 04/09/2025 às 16:29
Foto: Política Livre

Em entrevista à imprensa, durante a entrega de novas unidades habitacionais e de um Ecoponto no Mané Dendê, no subúrbio ferroviário de Salvador, nesta quinta-feira (4), o prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmou que, na prática, seu partido nunca integrou a equipe do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“A presença do União Brasil no governo era a lógica da Câmara e do Senado, eram indicações dos deputados e dos senadores, sempre, desde o início. Tanto eu quanto ACM Neto defendemos que o União Brasil não deveria fazer parte do governo. De um governo que nós não participamos da construção da vitória. A gente só participa de governo que ajuda a construir a vitória. Então, a posição de Neto é a mesma desde sempre”, afirmou.
Segundo o chefe do Executivo soteropolitano, tanto ele quanto seu antecessor, ACM Neto (União Brasil), defendem que o partido não deveria integrar a base do governo federal. De acordo com Reis, a formação da União Progressista, em parceria com o PP, é resultado do “péssimo desempenho” da atual gestão. Ele acrescentou que a nova federação nasce do movimento de filiados do PP descontentes com os rumos escolhidos pelo governo Lula.
“Diante do péssimo desempenho do governo, a gente está vendo aí os demais, que eram maioria, se convenceram. E aí, aqueles que se tornaram minoria permitiram que prevalecesse a tese que nós sempre defendemos. Então, estamos mantendo a nossa coerência política, a nossa posição, que não é de agora, é desde sempre. E que não deveria nem sequer ter assumido”, completou.
O prefeito também ressaltou que o desembarque de seu partido da base governista decorre daquilo que ele considera ineficiência da gestão petista.
“É um governo ineficiente, sem entregas, muito pior que os passados, que só fez estimular o radicalismo, sem capacidade de pacificar o país”, declarou.
Na última terça-feira (2), o União Brasil anunciou sua saída, em conjunto com o PP – com quem forma a federação União Progressistas –, da base governista em Brasília. Os ministros ligados aos partidos também devem deixar seus cargos em breve, segundo o anúncio oficial.
Questionado sobre uma possível ligação entre o desembarque dos partidos e um eventual apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Bruno rechaçou a ideia e disse que se trata de uma narrativa construída por parte da imprensa.
“Eu poderia passar a manhã toda elencando os motivos que fizeram o União Progressistas sair do governo, que não estão associados a qualquer pauta que não seja essa. Essa é a narrativa que parte da imprensa quer vender, mas o que motivou a saída do União Brasil, de fato, foi justamente não ter uma oportunidade de contribuir e, infelizmente, chegar à conclusão de que o governo que está em vigor é incapaz de promover mudanças”, finalizou.
