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Câmara de Salvador aprova empréstimo do transporte complementar e plano dos professores
Câmara de Salvador aprova empréstimo do transporte complementar e plano dos professores
Por Reinaldo Oliveira, Política Livre
01/10/2025 às 18:01
Foto: Política Livre

A Câmara Municipal de Salvador (CMS) aprovou, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (1º), em plenário, dois projetos do Executivo: o pedido de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal para aquisição de uma nova frota destinada ao transporte público complementar, conhecido como “amarelinhos”, e o Plano de Carreira do Magistério Municipal, também chamado de projeto polêmico dos professores.
O presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB), destacou que a votação imprime a marca do Legislativo em legislar a favor da população e dos trabalhadores da cidade, ressaltando a importância da decisão para os usuários do transporte público e para os profissionais da educação.
“Hoje conseguimos a aprovação desses dois projetos porque houve um acordo entre a oposição e a situação. Se não houvesse esse acordo, não poderíamos votar. Projetos que beneficiarão tanto os professores como toda a população de Salvador. O projeto do empréstimo vai beneficiar aqueles que utilizam o transporte alternativo da cidade. É algo inovador, que também vai melhorar o transporte público, que atualmente é de má qualidade e caro”, afirmou o tucano.
Ao comentar sobre o projeto dos professores municipais, Muniz lembrou a tensão causada pela invasão dos docentes ao Parlamento, em maio, e comemorou a atuação da Casa.
“O que nós queríamos era que tanto o Executivo quanto a APLB-Sindicato estivessem em acordo para que pudéssemos votar com serenidade, certos de que estamos fazendo nossa parte com responsabilidade. E foi o que aconteceu hoje”, acrescentou.
A líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), ao declarar o voto favorável da bancada, ressaltou que duas emendas apresentadas ao projeto do transporte complementar não foram aceitas.
“Somos favoráveis ao empréstimo, mas entendemos que os veículos adquiridos com esse recurso devem ser destinados ao setor privado sob a forma de concessão pública. Também destacamos a necessidade de licitação do segmento, além da importância da apresentação de um relatório de funcionamento anual ao Conselho de Mobilidade Urbana”, disse a comunista.
O projeto foi aprovado pela maioria dos vereadores, com apenas um voto contrário, do vereador Hamilton Assis (PSOL), que defendeu a tarifa zero para os transportes públicos.
Já o líder do governo, vereador Kiki Bispo (União Brasil), afirmou que a votação encerrou, “de uma vez por todas”, a greve que causou mais de 70 dias de prejuízos à educação municipal.
Ele também frisou que emendas acolhidas não estavam previstas no acordo firmado entre Prefeitura e sindicato.
“Mas, ainda assim, entendemos a importância da categoria para a cidade e, com a Câmara mediando todo esse processo, restabeleceu-se aquilo que se pretendia, que era consolidar, de fato, o Plano dos Professores. A aprovação do pedido de empréstimo para aquisição de uma nova frota do transporte complementar também foi uma vitória da cidade”, concluiu Kiki.
