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Conselho de Ética da Assembleia só pode agir sobre caso Binho Galinha se for provocado

Conselho de Ética da Assembleia só pode agir sobre caso Binho Galinha se for provocado

Por Política Livre

13/10/2025 às 08:00

Foto: Divulgação/Arquivo

Binho Galinha

Apesar de a Assembleia Legislativa da Bahia ter decidido, na última sexta-feira (10), pela manutenção da prisão do deputado estadual Binho Galinha (PRD), o Conselho de Ética da Casa não tem poder para agir de ofício sobre o caso. Para que o colegiado se manifeste, é necessária uma representação formal, que pode ser apresentada por outro deputado, partido político ou, segundo o Código de Ética dos parlamentares, por qualquer pessoa, desde que com provas fundamentadas de acusação. Sem essa provocação, o colegiado permanece impedido de abrir qualquer tipo de processo disciplinar.

A atual composição do Conselho de Ética, presidido pelo deputado Vitor Bonfim (PV), foi instalada apenas em maio de 2024, cinco meses após a deflagração da Operação “El Patrón”, da Polícia Federal e depois de muita pressão do então presidente da Assembleia, deputado Adolfo Menezes (PSD). À época, Binho Galinha já era investigado por lavagem de dinheiro, receptação e revenda de peças de veículos roubados em sua loja de desmonte, em Feira de Santana. A operação também levou à prisão da esposa e do filho do parlamentar.

Mesmo após a ação da PF, o Conselho de Ética, que teve acesso à denúncia do Ministério Público, não foi provocado e, portanto, não abriu investigação. Binho chegou a se ausentar por um tempo das atividades legislativas, mas retornou à rotina política meses depois, aparecendo em eventos públicos, posando ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e de outras lideranças da base aliada.

Com a prisão preventiva, decretada no início de outubro, Binho Galinha voltou ao centro das atenções das manchetes policiais. A decisão da Assembleia, contudo, tratou apenas da constitucionalidade da prisão, e não do mérito das acusações. O plenário decidiu pela manutenção da detenção por 34 votos a favor, 18 contra e uma abstenção, apenas dois acima do mínimo necessário.

O Regimento Interno da Assembleia também prevê a perda de mandato por faltas injustificadas, mas esse dispositivo não se aplica a parlamentares presos sem condenação definitiva. Enquanto estiver detido, as ausências de Binho não são computadas.

Outro cenário possível para a perda de mandato seria uma condenação com sentença transitada em julgado, o que ainda deve demorar. Por isso, nos bastidores, a avaliação é de que Binho Galinha tenderá a disputar a reeleição em 2026.

Pesquisas recentes em Feira de Santana apontam que, mesmo diante das investigações, o deputado segue com popularidade em alta, um dado que reforça a complexidade política e judicial de um caso único na história da Assembleia Legislativa.

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