Desemprego fica em 5,6% até setembro, menor taxa da série histórica
O mercado de trabalho vem de uma trajetória de recuperação no país
Por Leonardo Viecelli/Folhapress
31/10/2025 às 09:20
Foto: Rovena Rosa/Arquivo/Agência Brasil
Com o resultado, o indicador voltou a marcar o menor nível da série histórica iniciada em 2012
A taxa de desemprego do Brasil foi de 5,6% no trimestre até setembro, levemente abaixo do patamar de 5,8% registrado nos três meses encerrados em junho, que servem de base de comparação.
Com o resultado, o indicador voltou a marcar o menor nível da série histórica iniciada em 2012, de acordo com os dados divulgados nesta sexta (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A mínima de 5,6% já havia sido verificada nos trimestres até julho e agosto de 2025. O IBGE, contudo, evita a comparação direta entre intervalos com meses repetidos, como é o caso dos finalizados em julho, agosto e setembro.
O novo resultado ficou praticamente em linha com a mediana das previsões do mercado financeiro. Essa projeção estava em 5,5% para o trimestre até setembro, conforme a agência Bloomberg.
Os dados do IBGE integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O levantamento investiga tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal.
O mercado de trabalho vem de uma trajetória de recuperação no país.
Segundo analistas, o movimento refletiu o desempenho aquecido da economia em meio a medidas de estímulo do governo federal, além de mudanças demográficas e impactos da tecnologia.
A geração de emprego e renda serve de incentivo para o consumo de bens e serviços. A demanda constantemente aquecida, por outro lado, pode pressionar a inflação.
Para conter o ritmo de aumento dos preços, o BC (Banco Central) promoveu um choque na taxa básica de juros, a Selic, que está em 15% ao ano.
Os juros altos tendem a desacelerar a economia. Sinais disso já apareceram no PIB (Produto Interno Bruto).
