Ivana Bastos e Rosemberg Pinto minimizam protesto da oposição ao Título de Cidadã Baiana a Marina Silva

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Rosemberg Pinto (PT), minimizou o protesto de deputados da oposição durante a sessão desta terça-feira (21) em que foram votados projetos de autoria dos parlamentares, a exemplo do Título de Cidadã Baiana à ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática do governo Lula, Marina Silva, por iniciativa do líder do PT, Marcelino Galo.

A honraria à ministra quase não foi aprovada por conta do pedido de verificação de quórum solicitado pelo 1º secretário da Mesa Diretora, Samuel Júnior (Republicanos). Era necessário que pelo menos 32 dos 63 parlamentares estivessem presentes no momento da votação, mas somente 23 estavam em plenário. A presidente da Casa, Ivana Bastos (PSD), fez um apelo para que o pedido de verificação de quórum fosse retirado para dar continuidade à sessão.

“O deputado Robinho pediu que no momento da votação do título a ministra Marina Silva fosse registrado o voto dele contrário, então o deputado Robinson [Almeida] entendeu que isso não pode acontecer porque se o deputado vai sair, ele não vai estar presente, não tem como fazer esse registro individualizado. Mas eu entendi também que o deputado Samuel queria marcar uma posição ideológica e é natural, um direito dele, e depois nós conversamos e ele tinha pedido verificação de quórum como forma de obstrução, mas tinha também projetos de iniciativa do deputado Sandro [Régis], do deputado Alan [Sanches], que são ligados a ele”, explicou.

Em entrevista à imprensa, o deputado Samuel Júnior pontuou que tanto o voto contrário como a tentativa de obstrução da apreciação da matéria foram motivadas por insatisfação quanto à condução da ministra à frente da pasta.

“Tem horas que a gente não sabe se, de fato, ela é a favor do meio ambiente ou contra o meio ambiente. Às vezes parece ser uma bandeira dela diuturnamente, mas na prática você não vê esse envolvimento dela”, afirmou.

Já o deputado Robinho, que chegou a dizer que votaria contra a concessão da honraria porque a ministra “ao invés de cuidar do meio ambiente, coloca fogo no meio ambiente”, afirmou que “a Amazônia mais pega fogo durante a gestão da ambientalista”. Ele seguiu dizendo que “isso é uma inversão de valores” e que a ex-senadora “fala uma coisa e na prática faz outra”.

Produtividade

Seguindo na mesma linha do líder do governo, a presidente da Assembleia, deputada Ivana Bastos, pontuou que a obstrução da oposição foi motivada “por um mal entendido”.

A chefe do Parlamento estadual comemorou a produtividade da Casa, que apreciou cinco projetos, sendo um de autoria do Executivo, além de Comendas 2 de Julho, títulos de Cidadão Baiano e projetos de utilidade pública.

“O resultado no final foi tranquilo. O tempo está frio, eu acho que precisava ter um pouco de calor no plenário, mas no final tudo foi resolvido. Eu agradeço tanto aos deputados da situação como aos da oposição e faço também um apelo para que os deputados compareçam ao plenário na terça-feira para que a gente possa debater mais temas e votar mais projetos”, finalizou.

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