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Não nos comunicamos da forma certa, diz CEO da Latam sobre passagem sem mala de mão

Não nos comunicamos da forma certa, diz CEO da Latam sobre passagem sem mala de mão

Por Paulo Ricardo Martins/Folhapress

20/10/2025 às 21:00

Foto: Divulgação

Avião da Latam em manobra para decolagem

O CEO da Latam Brasil, Jerome Cardier, disse nesta segunda-feira (20) que as companhias aéreas "não fizeram esforço suficiente para explicar aos clientes" as tarifas oferecidas pelas empresas. Ele afirmou que a categoria "basic", que não permite bagagem de mão em voos internacionais, é boa para o passageiro.

"Infelizmente, acho que não fizemos um bom trabalho em nos comunicar da maneira certa. Temos que deixar claro que não nos esforçamos o suficiente para explicar isso ao cliente. Mas eu espero que o Congresso entenda que isso é bom para o Brasil, é bom para o consumidor brasileiro", disse o executivo durante painel do Alta AGM & Airline Leaders Forum, evento anual da Alta (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo).

Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) disse que pautará a urgência do projeto de lei 5041/2025, que trata do direito do passageiro de levar bagagem de mão e item pessoal sem cobrança.

A reação veio depois de um anúncio feito pela Gol da criação da tarifa basic, para viagens internacionais. O viajante que optar por essa categoria pode levar na cabine, somente, uma bolsa ou uma mochila (item pessoal) de até 10 kg, sem direito à bagagem de mão.

A tarifa basic está disponível apenas para viagens com origem em outros países onde a Gol opera. Para voos partindo do Brasil, a categoria é ofertada somente na rota que parte do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, para Montevidéu, no Uruguai.

Anteriormente, em outubro de 2024, a Latam já havia incorporado a categoria às opções de tarifa da companhia. Até então, a empresa já operava a modalidade em outros países.

"No Brasil, nunca tivemos esse tipo de tarifa —em parte, por causa da incerteza em torno da regulamentação. Companhias internacionais que já voavam para o Brasil lançaram esse tipo de tarifa há muitos anos, mas isso não foi seguido aqui até o ano passado", disse.

"É evidente que isso é algo positivo para o passageiro, porque ele passa a ter acesso a tarifas mais baixas. Também é claro que isso é bom para o estímulo da demanda, pois, ao reduzir os preços, você incentiva mais pessoas a viajar", completou.

A Azul não adota a tarifa.

À reportagem o CEO da Gol, Celso Ferrer, disse que o Brasil não pode estar à parte do que acontece no ambiente regulatório global.

"As empresas estrangeiras já praticam essa tarifa basic no Brasil, voando para mercados brasileiros. As companhias aéreas brasileiras também podem fazer isso. É uma opção. A gente anunciou para alinhar e para ter mais competitividade com essas empresas que já estão fazendo isso no mercado brasileiro".

A Anac disse na sexta-feira (17) ter enviado um ofício às companhias aéreas solicitando esclarecimentos sobre eventuais cobranças em voos internacionais. A agência afirmou que busca uma regulação equilibrada, que preserve o direito dos passageiros e também a competitividade das companhias aéreas.

O projeto 5041/2025 propõe a obrigatoriedade da gratuidade no transporte de bagagem de mão em voos domésticos ou internacionais operados por companhias aéreas nacionais ou estrangeiras, quando parte da viagem se der em território brasileiro, dentro dos limites regulamentares da Anac.

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