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'No dia seguinte, a vida do carioca está mais segura?', questiona Jungmann após operação no Rio

'No dia seguinte, a vida do carioca está mais segura?', questiona Jungmann após operação no Rio

Ele reforçou ainda que, apesar da letalidade da ação, o quadro continua inalterado

Por Política Livre

30/10/2025 às 12:18

Atualizado em 30/10/2025 às 19:06

Foto: Carine Andrade/Política Livre

Imagem de 'No dia seguinte, a vida do carioca está mais segura?', questiona Jungmann após operação no Rio

Raul Jungmann

O ex-ministro da Defesa e da Segurança Pública, Raul Jungmann, avaliou nesta quinta-feira (30) a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, que deixou mais de uma centena de mortos em ações contra o crime organizado. Em Salvador para receber o título de cidadão baiano concedido pela Assembleia Legislativa da Bahia, por iniciativa do deputado estadual Júnior Muniz (PT), Jungmann ponderou que a ofensiva não enfrentou os pilares estruturantes das facções.

“Eu acho que politizar não é o momento, nem é uma boa. Agora, com relação a operação, a pergunta que eu faço é a seguinte: no dia seguinte ao que aconteceu a vida do carioca está mais segura? Ele está, digamos assim, menos exposto a sequestro, a crime, assassinato, a roubo, a tráfico de drogas? Eu acredito que não ou muito pouco. Porque esse episódio não vai no cerne das questões, que são exatamente as questões referente às fontes de financiamento do crime organizado, do acesso às armas e à questão do recrutamento dentro das comunidades. Nada disso foi afetado”, analisou em entrevista ao Política Livre.

Ele reforçou ainda que, apesar da letalidade da ação, o quadro continua inalterado. “Aconteceu, evidentemente, mortes, inclusive de policiais. Mas isso não representa, dentro da situação do Rio de Janeiro, que algo tenha modificado estruturalmente o quadro que os cariocas vivem, que eu conheço muito bem”, reiterou.

Para o ex-ministro, a operação repete práticas vistas no passado, sem alterar a realidade nas áreas dominadas pelo crime organizado. “Por isso é que eu acho que isso é uma repetição daquilo que já houve no passado, mas sem que isso represente de fato uma política estadual de segurança pública e sobretudo a redução do crime organizado, e do fato de que, aproximadamente um milhão e meio a dois milhões de cariocas, vivem no estado paralelo, o estado determinado pelas milícias e pelo crime organizado. Isso não foi afetado e por isso mesmo é que eu acho que uma operação como essa, independente de tudo que ela trouxe, ela não traz de fato maior segurança para a população carioca”, frisou.

Hoje presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann está na capital baiana desde a última segunda (27), quando participou da abertura da EXPOSIBRAM 2025, a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração, considerado o maior evento de mineração da América Latina.

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