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Plano do governo Lula defende equilíbrio fiscal para que Brasil veja crescimento no longo prazo

Plano do governo Lula defende equilíbrio fiscal para que Brasil veja crescimento no longo prazo

Estratégia Brasil 2050, elaborada pela pasta da ministra Simone Tebet (Planejamento), traz cenários para o país

Por Nathalia Garcia/Danielle Brant/Folhapress

27/10/2025 às 17:00

Atualizado em 27/10/2025 às 23:55

Foto: Lula Marques/Agência Brasil/Arquivo

Imagem de Plano do governo Lula defende equilíbrio fiscal para que Brasil veja crescimento no longo prazo

Ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento)

Um plano de longo prazo para o Brasil elaborado pelo governo Lula traz como princípios para o desenvolvimento do país até 2050 a sustentabilidade fiscal, com equilíbrio das contas públicas, apontado como um dos calcanhares de Aquiles da gestão petista.

Elaborada pela pasta da ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), a Estratégia Brasil 2050 cita outros pontos de incerteza que podem levar a um cenário de "futuro adiado", como a descontinuidade de políticas públicas estruturantes.

A estratégia, que será instituída por decreto ainda sem data para ser anunciado, passa por ajustes finais. A ideia é que os cenários traçados, que abrangem o período de 2026 a 2050, possam servir de base para decisões de gestores públicos e privados.

Haverá monitoramento do plano, que abrangerá os objetivos nacionais de longo prazo, indicadores-chave nacionais e metas, em regulamento que será editado pela Secretaria Executiva da Estratégia Brasil 2050.

O "futuro adiado" inclui desequilíbrio fiscal e aumento do endividamento, restringindo a capacidade de investimento. É um contraste com os outros dois cenários desenhados pela pasta: "o país que podemos ser", no qual as contas públicas estão equilibradas e a dívida, controlada, e o "avançando aos poucos", que traz estabilização lenta da dívida pública.

O pior dos cenários contempla um crescimento baixo e instável do país e tensões políticas e comerciais mais fortes —o que seria uma perpetuação do atual contexto polarizado do país e de retaliações de países como EUA.

Outro risco apontado é o país optar por reformas que se limitem a atacar questões emergenciais, sem resolver problemas centrais. No cenário mais otimista, o país conseguiria fugir dessa armadilha fazendo revisões sistemáticas dos mecanismos de incentivos fiscais e financeiros.

Há alertas também sobre a descontinuidade de políticas públicas, com risco de que sejam priorizados "projetos de curto prazo, com caráter emergencial e compensatório". No "país que podemos ser", esse cenário é revertido com a ampla implementação de projetos de médio e longo prazos, com políticas sociais inclusivas e investimentos estruturadores.

A Previdência aparece como um potencial foco negativo, caso haja um aumento significativo do déficit de aposentadorias e pensões. Já no cenário otimista vai haver uma adequação do sistema previdenciário ao envelhecimento com estabilização do déficit.

O relatório ressalta que nenhum cenário ocorrerá na sua forma "pura".

"A realidade é sempre muito mais complexa do que é possível retratá-la em um conjunto de variáveis logicamente encadeadas", indica. "No futuro, a trajetória real caminhará por entre os cenários, mesclando hipóteses que podem se aproximar mais de um deles com outras delineadas em um cenário diferente".

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