Raul Jungmann defende participação do governo federal na segurança pública

O ex-ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, esteve em Salvador nesta quinta-feira (30) para receber o título de Cidadão Baiano na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Durante a visita, ele comentou sobre a operação policial contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro e defendeu uma mudança estrutural na forma como o país trata a segurança pública.  Na mesma ocasião, o diretor da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, recebeu a Comenda 2 de Julho.

“Como ministro da Segurança Pública, eu tive a oportunidade de estudar as Constituições brasileiras. São sete Constituições. Em nenhuma delas, preste bem atenção, em nenhuma delas o governo central, seja no Império, seja na República, teve atribuições na Segurança Pública. Ou seja, constitucionalmente, o governo federal não tem atribuições na Segurança Pública. Ele pode eventualmente recorrer ao Exército, ele pode eventualmente realizar operações combinadas, mas ele não tem isso. É por isso que eu defendo a PEC 18, a PEC do SUS, que inclusive nós foi quem criamos o SUSP durante o governo Temer, porque essa PEC propicia que o governo federal atue coordenadamente com os estados e municípios", disse ao Política Livre. J

Ao falar sobre a homenagem, Jungmann se emocionou. “É uma alegria porque a Bahia é gente, a Bahia é um sentimento. Quem nasce no Brasil, tá certo, nasce baiano. Tal é a contribuição nas artes, na cultura, na ciência, tá certo? Em tudo que a gente tem da Bahia que é inevitável que um brasileiro, ao nascer e ao tomar conhecimento de si e da sociedade, ele se dê conta que ele é baiano. Então, eu estou numa felicidade, eu estou, na verdade, flutuando com isso. E, de certa forma, fazendo um link com meu avô. Meu avô era baiano, Paulo Belenche, nasceu aqui em Salvador, na Bahia. E eu estou retomando isso e, olha, é difícil até dizer a sensação, mas é de uma alegria enorme. Vocês não fazem ideia de como eu me sinto honrado, feliz, contente de poder dizer: meus irmãos da Bahia, cheguei.”

Com informações da repórter Carine Andrade.