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Rui empareda concorrentes ao lançar critério objetivo para escolha ao Senado, por Raul Monteiro*

Rui empareda concorrentes ao lançar critério objetivo para escolha ao Senado, por Raul Monteiro*

Por Raul Monteiro*

30/10/2025 às 08:18

Atualizado em 30/10/2025 às 14:20

Foto: Lula Marques/Arquivo/Agência Brasil

Imagem de Rui empareda concorrentes ao lançar critério objetivo para escolha ao Senado, por Raul Monteiro*

Rui Costa

O ministro Rui Costa (Casa Civil) criou um fato novo na política local ao, muito inteligentemente, defender, numa entrevista a uma rádio de Jequié, no último sábado, o uso de pesquisas como critério para a escolha dos candidatos ao Senado na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT). Com a iniciativa, ele certamente emparedou os senadores Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD), com os quais disputa as duas vagas para o Senado nas eleições do ano que vem. Pelo porte da disputa, pode-se dizer que, de fato, são nomes demais para vagas de menos.

Mas não é só isso. Rui tem pesquisas mostrando que ele lidera com folga a disputa ao Senado pela Bahia, colocando lá atrás tanto Wagner quanto Coronel e, muito depois dos dois, os nomes cotados para a chapa oposicionista a ser liderada por ACM Neto (União Brasil). Daí a, digamos, picardia da iniciativa do ministro, para o qual o critério sugerido é, com efeito, aquele que claramente o favorece. O problema é que Rui foi o único a ter avançado até agora com uma proposta concreta e objetiva para tentar resolver o conflito que vem marcando a discussão da chapa ao Senado no grupo governista.

Além disso, não se pode retirar racionalidade da sugestão do ministro. Afinal, que outro elemento poderia ser utilizado para ajudar a definir os nomes daqueles que poderão disputar, ao lado do governador, as duas vagas que se abrem para a eleição de senador no ano que vem, senão a força eleitoral que cada um traz consigo? Não se pode levar em conta, por exemplo, a medida que, a título de contragolpe muito bem bolado, e mesmo irônico, Coronel passou a sugerir. Para contraditar Rui, ele resolveu defender também o uso de pesquisas.

A esperteza está, no entanto, em querer que a sondagem seja realizada não junto ao eleitorado, mas entre os prefeitos baianos, segmento no qual tem a certeza de ser o preferido dada a atuação bastante municipalista que tem no Congresso, onde tem se dedicado a relatar matérias destinadas a tirar a corda do pescoço dos gestores. O único que ainda não se manifestou sobre o critério defendido por Rui e absorvido por Coronel segundo seu próprio interesse é Wagner, talvez o lado mais fraco da corda, apesar de vir em segundo lugar nos levantamentos para o Senado.

Embora detenha o controle da máquina partidária petista, à qual caberá a definição das posições do partido na chapa, não há como negar que, à medida que o tempo avança ele vai ficando espremido entre os movimentos de Rui e as investidas de Coronel. Primeiro, porque, se o critério for exclusivamente eleitoral, Rui leva vantagem clara sobre ele. Em segundo lugar, tudo indica que o governo precisará do PSD para ajudar na campanha de Jerônimo, a menos que surja uma outra legenda com a mesma força para substituí-lo, o que é impensável pelo menos até 2026.

* Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.

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