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Silveira pressiona Aneel por medida que aumenta seu poder sobre câmara do setor elétrico

Silveira pressiona Aneel por medida que aumenta seu poder sobre câmara do setor elétrico

Por Stéfanie Rigamonti/Folhapress

17/10/2025 às 21:11

Foto: Lula Marques/Agência Brasil/Arquivo

O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira

O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, pediu que a CGU (Controladoria-Geral da União) apure informações por trás de supostos atrasos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) na implementação de duas medidas conduzidas pela pasta, uma delas que aumenta o seu poder sobre a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Em ofício, Silveira afirma que o ministério já havia manifestado no ano passado sua preocupação com o andamento de resoluções no âmbito da agência. Mas, depois de 14 meses da solicitação inicial feita à diretoria-geral, os atrasos permanecem, segundo afirma o ministro.

Procurada, a agência disse que não foi oficialmente notificada e, portanto, não irá se pronunciar.

O documento cita duas resoluções que ainda aguardam conclusão no âmbito da Aneel: a homologação da nova governança da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia) e a análise da proposta de regulação conjunta entre a agência de energia e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) sobre a política de compartilhamento de postes.

A nova governança da CCEE está alinhada a diretrizes de um decreto de 2023. Por ele, o Ministério de Minas e Energia pode indicar o presidente e três membros do conselho de administração, o que eleva o interesse da pasta para que a decisão seja homologada. Antes, a pasta só podia indicar o presidente.

Outra mudança é no número de cadeiras do conselho. Anteriormente, eram cinco assentos, com mandatos de quatro anos. Pelo novo decreto, são oito conselheiros, com mandatos de dois anos. O Ministério de Minas e Energia, portanto, terá poder sobre a metade do conselho.

Com relação à regulação conjunta entre a Aneel e a Anatel, ela permitirá que distribuidoras de energia elétrica e prestadoras de serviço de telecomunicações compartilhem os mesmos postes, o que poderia reduzir a tarifa para o consumidor, segundo defensores da proposta. Mas o acordo é alvo de queda de braço entre as agências, que ainda não entraram em consenso sobre as regras do compartilhamento.

No ofício enviado à CGU, Silveira critica ainda a gestão da Aneel e afirma que o tempo levado para atender às demandas exige a adoção de medidas urgentes para assegurar a eficiência dos resultados.

"Em face do pronunciado atraso, qualificado de indicativos de omissão e desatenção à eficiência administrativa e à boa governança, valores públicos maiores estão se levantando, como a geração e entrega de resultados úteis a necessidades e demandas de inquestionável interesse público", diz o ministro.

Silveira já havia feito outras críticas à Aneel, dirigida por Sandoval Feitosa desde 2022. No ano passado, o ministro afirmou que a agência vive um quadro de "completa desarmonia" entre diretores, área técnica e em relação a seu papel como regulador da legislação.

No mesmo ano, Silveira ameaçou intervir na Aneel, ainda reclamando sobre a nova governança da CCEE e o compartilhamento de postes, como informou a coluna. Na ocasião, Sandoval afirmou que a agência não era um braço do governo.

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