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Tarifaço dos EUA: impacto menor nas exportações brasileiras, mas setores sofrem ajustes
Tarifaço dos EUA: impacto menor nas exportações brasileiras, mas setores sofrem ajustes
Por Redação
06/10/2025 às 10:58
Foto: Divulgação/Arquivo

Dois meses após a implementação do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o impacto nas exportações brasileiras foi menor do que o esperado. Apenas 44,6% da pauta de exportações sofreu a alíquota máxima de 50%, incidindo principalmente sobre commodities como café, carne e açúcar, que conseguem redirecionar suas vendas a outros mercados. Outros 29,5% dos produtos foram taxados de forma parcial, e 25,9% ficaram isentos. Dados da Amcham Brasil indicam que a adaptação das empresas brasileiras, redirecionando produtos para outros países, ajudou a reduzir os efeitos negativos. A reportagem é do jornal "O Globo".
Apesar disso, setores fora das commodities, como madeira, móveis e máquinas, enfrentam impactos mais severos, incluindo estoques cheios, aumento de custos e demissões. Empresas como a Randa, do Paraná, e a Engemasa tiveram de reduzir exportações, adotar férias coletivas e buscar novas estratégias de mercado. Alguns setores, porém, conseguiram direcionar produtos para o mercado interno ou outros países, diminuindo perdas imediatas, embora o efeito sobre contratos e preços ainda cause pressão financeira.
Especialistas apontam que o tarifaço teve efeito mais danoso para os EUA do que para o Brasil no curto prazo, mas alertam para os riscos futuros caso novas medidas não sejam adotadas. Empresas buscam alternativas como expansão para outros países da América Latina e negociação de isenções junto ao governo americano. Enquanto isso, o mercado brasileiro continua ajustando-se às mudanças, equilibrando perdas em exportações com oportunidades no mercado interno e novos clientes internacionais.
