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Desembargadores devem levar em conta passado, presente e propostas em eleição do TJ-BA
Desembargadores devem levar em conta passado, presente e propostas em eleição do TJ-BA
Por Política Livre
02/11/2025 às 14:56
Atualizado em 04/11/2025 às 14:17
Foto: Reprodução/Arquivo/TV Bahia
Jatahy Fonseca e José Rotondano
No próximo dia 19 novembro, sessenta e três togas vão se reunir para decidir quem conduz o Tribunal de Justiça da Bahia pelos próximos dois anos. O corredor cochicha dois nomes: Edvaldo Rotondano e Jatahy Júnior, cujos passos percorrem gabinetes com cumprimentos, tentativas de convencimento e projetos de gestão.
São dois modos de vestir a Presidência. Rotondano vem do Ministério Público; Jatahy, da própria magistratura, com quase quatro décadas de casa, experiência acumulada no próprio Tribunal. Em falas recentes sobre a relação com o CNJ, os tons também não se confundem.
Tribunal De Justiça Tj Ba
O primeiro prefere dar ênfase à obediência às orientações do Conselho, órgão de controle externo do Judiciário que vem tentando evitar as distorções do corporativismo, enquanto o segundo reforça a defesa pública da altivez institucional e da autonomia republicana do TJ baiano.
O espelho mais nítido para comparar estilos está no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, que ambos presidiram em sequência. Rotondano comandou o biênio 2017–2019, período em que a biometria pressionou prazos e abarrotou postos.
Telejornais registraram filas que atravessavam a madrugada, com a população dormindo na rua para garantir atendimento e quadro funcional estressado pela pressão dos prazos. Jatahy assumiu em março de 2019 e ampliou o sistema de atendimento com agenda com hora marcada, WhatsApp, 0800 e equipes itinerantes.
O “Caminhão da Biometria” levou serviço a bairros de Salvador e a cidades do interior; a régua de desempenho veio com números e relatos de normalidade. Em outubro de 2019, o TRE-BA e o TSE registravam encerramento da revisão em 39 municípios com 85,33% de regularizações, “sem ocorrências de filas”.
Em dezembro, a Bahia superava 90% do eleitorado biometrizado, com 2,8 milhões de recadastramentos naquele ano. No pleito, portanto, não se escolhe apenas um nome: elegem-se prioridades e jeito de comandar.
Cabe aos desembargadores olharem para o passado, o presente e o que pretendem no futuro os candidatos, além do que sugerem agora para conduzir uma Corte que precisa ser, ao mesmo tempo, eficiente com o público, justa com quem a serve e firme com quem a fiscaliza.
