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Felipe Freitas defende coordenação nacional de segurança e critica normalização da violência em operações policiais

Felipe Freitas defende coordenação nacional de segurança e critica normalização da violência em operações policiais

Por Política Livre

03/11/2025 às 16:50

Atualizado em 03/11/2025 às 20:52

Foto: Política Livre

Imagem de Felipe Freitas defende coordenação nacional de segurança e critica normalização da violência em operações policiais

O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas

O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, defendeu uma coordenação nacional entre os estados e o governo federal para o enfrentamento do crime organizado e criticou o modelo de operações policiais letais, em referência à recente ação no Rio de Janeiro. Em entrevista a este Política Livre, o secretário afirmou ter confiança na capacidade do Estado baiano de resistir à expansão de facções, mas destacou a importância do investimento em inteligência e planejamento.

“Tenho muita confiança no trabalho que temos feito de planejamento na área da segurança pública e dos direitos humanos. A Bahia tem condições de resistir a essas tentativas que o crime organizado tem feito em todo o Brasil de avançar sobre o Norte e o Nordeste”, disse.

Ao comentar a operação no Rio, que resultou em pelo menos 121 mortos, Felipe afirmou que o episódio reforça “a necessidade de se enfrentar o crime organizado de maneira precisa, mas sem recorrer a ações que resultem na perda de tantas vidas humanas”. Para ele, o uso da força é parte do trabalho policial, mas não pode ser normalizado quando deixa um rastro de mortes.

“Não podemos normalizar que operações policiais deixem filas de corpos pelo caminho. É claro que a polícia tem de fazer uso da força, mas isso não pode se tornar rotina. O que vimos no Rio confirma a urgência de investir em inteligência e coordenação”, pontuou.

O secretário também elogiou o chamamento do presidente Lula para uma maior integração entre os estados no campo da segurança pública. Ele defendeu uma reforma constitucional que melhore as regras de repasse de recursos e crie protocolos comuns de atuação das polícias, preservando a autonomia dos estados. “Essa coordenação nacional é fundamental. Ela pode fortalecer o combate ao crime sem ferir a autonomia federativa”, avaliou.

CNJ e STF

Felipe Freitas também comentou o mapeamento nacional das facções criminosas, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele considerou a medida positiva e necessária para o aprimoramento da política de segurança pública.

“É muito importante que todas as forças da sociedade e as instituições se engajem nesse grande plano nacional de segurança pública. Essa iniciativa do CNJ ajuda o Judiciário a compreender melhor a dinâmica criminal de cada Estado, permitindo decisões mais precisas e informadas por evidências e pesquisas, e não apenas por percepções individuais”, afirmou.

O secretário também elogiou a disposição do governo federal de liderar o aprimoramento legislativo no combate ao crime organizado, ao destacar que o enfrentamento da violência deve ocorrer de forma integrada. “A gente não vai enfrentar o crime organizado de maneira dividida. É preciso unificar o esforço público a partir do governo federal”, concluiu.

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