ACM Neto articula em Brasília por federação entre União Brasil e PP; bancada baiana do partido do ex-prefeito é a favor

Ex-prefeito de Salvador e secretário-geral do União Brasil nacionalmente, ACM Neto está em Brasília desde esta segunda-feira (06) articulando em favor da federação entre a legenda e o PP. Ele tem mantido conversas com os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e da Câmara Federal, o pepista Arthur Lira (AL), dois entusiastas da formação do bloco que pode se tornar a maior bancada na Casa, com 108 parlamentares.

O Política Livre apurou que a maioria da bancada do partido de ACM Neto na Câmara é favorável à formação da federação. O líder do União Brasil na Casa, o baiano Elmar Nascimento, principal aliado de Arthur Lira no Congresso Nacional, também trabalha pela união entre as duas siglas.

Na bancada baiana do União Brasil nenhum parlamentar se colocou contrário à federação. O site apurou ainda que o maior entrave ao “casamento” das duas legendas é o presidente nacional do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar (PE), que tem atuado no sentido de inviabilizar a articulação para evitar perder poderes, sobretudo nas negociações por espaços no governo Lula (PT).

Se for concretizada, a federação deverá ser comandada nacionalmente pelo atual vice-presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que é próximo de ACM Neto. Nos estados, o acordo inicial é que o grupo seja capitaneado pelo partido com mais deputados federais.

Na Bahia, caberia ao União Brasil essa função. Apesar de parte do PP ter aderido à base do governo Jerônimo Rodrigues (PT), não houve localmente manifestação contrária à federação. Isso porque as duas legendas estiveram juntas nas eleições de 2022. Além disso, os deputados federais do PP baiano, embora desejem uma reaproximação com o PT no estado, são muito ligados a Ciro Nogueira, sobretudo Cláudio Cajado.

Mas em outros estados existem entraves à federação, chamada de União Progressista. É o caso do Paraná, estado do senador Sérgio Moro (União), que é contra a articulação porque não deseja uma aproximação maior com Lula, caminho que deve ser seguido pelo grupo em troca da participação no governo.