26 novembro 2024
Representantes de uma comissão de trabalhadores da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) fizeram um pronunciamento na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Salvador (CMS), nessa segunda-feira (23), para defender a interrupção de um suposto processo de venda das ações do governo estadual. Em atividade desde 1994, atualmente a empresa é de economia mista.
De acordo com o grupo, a gestão estadual contratou uma empresa no valor de R$ 4 milhões para fazer um estudo sobre a privatização da Bahiagás. Apulchro Dalto Motta Filho afirmou que “a Bahiagás foi fundada pelo Governo do Estado da Bahia na década de 90, e a partir de então, até os dias atuais, houve muito investimento em infraestrutura e capacitação interna”. Assim, segundo ele, não há motivos para vender a companhia.
Já Alfredo Santos Júnior, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química, Petroquímica, Plástica e Farmacêutica do Estado da Bahia (Sindiquímica), afirmou que “a Bahiagás é uma empresa extremamente lucrativa. Trata-se da segunda empresa de gás que mais gera lucros no Brasil. E a Bahia conta com o segundo gás mais barato do país”.
Já o vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) frisou que “sem a Bahiagás não haveria o Polo Petroquímico”. Na visão dele, sem a empresa, a Bahia não contaria com um projeto de diversificação da indústria para o interior do estado.
A hipótese de privatização da companhia foi levantada em maio deste ano, depois que o governo estadual publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) a contratação do Grupo Genial para realizar um estudo para avaliar a empresa para uma eventual venda. À época, o governador Jerônimo Rodrigues disse que não existia diálogo sobre privatização ou venda da Bahiagás, mas, sim, de um “ajuste de capital a ser feito”.