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Ministro do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, Márcio França 22 de novembro de 2024 | 10:12

Ministro Márcio França aponta “game over” de Bolsonaro após indiciamento por tentativa de golpe

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Durante o encontro estadual com prefeitos, prefeitas e vices do PSB Bahia, realizado nesta sexta-feira (22), no auditório do Quality Hotel, no Stiep, em Salvador, o ministro do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, em entrevista a este Política Livre, comentou sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na investigação que aponta tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Para Márcio, as acusações são graves e que, nesta situação, o ex-presidente e os outros 36 indiciados pela Polícia Federal, entre eles, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, estão “sem defesa”.

“Provavelmente nós vamos ter um agravante, tendo em vista que ele já era condenado à inegibilidade. Nesse caso está sem defesa. Não tem argumento para você planejar e tentar executar, matar o presidente da República o vice-presidente, ministro Supremo. Então, é infantil, chega a ser infantil. Por outro lado, é muito grave, porque no Brasil a gente não estava desacostumado com isso. E aí vem em uma sequência, aquela história do homem-bomba, as condenações. Tem a impressão que agora, depois de indiciados, eles vão acabar sendo processados, evidentemente. Eu diria que é um game over para o efeito do Bolsonaro e muito disso tudo vai depois custar para a vida deles, as famílias. Como sempre a gente fala, as pessoas têm que pensar nas coisas antes de começar a executar. O cara pode pensar tudo, mas começar a executar você interfere na vida dos outros. E aí as consequências vêm. Naturalmente, as condenações serão pesadas, ainda mais porque envolvem o ministro Supremo”, disse.

Márcio França ainda apontou que as decisões dos possíveis julgamentos devem ficar para o ano de 2026. Além disso, o ministro disse não acreditar que os indiciamentos terão impactos políticos, visto que o único postulante ao cargo elegível entre os citados na investigação é o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível.

“O principal concorrente aí seria o próprio Bolsonaro, que tinha a expectativa de eventualmente ter algum tipo de benefício, enfim. Isso ficou meio descartado com essa possibilidade. Os outros não são normalmente candidatos, mesmo o Valdemar há muitos anos não é candidato. Então, certamente, pelo número de pessoas envolvidas e as defesas serem duplicadas, elas ficarão para frente. A única coisa é que tem que lembrar que pelo grau da gravidade e pelo fato de que a origem do processo será direto no Supremo, isso antigamente era considerado um benefício. Hoje em dia é considerado um malefício. Depois da condenação não tem recurso. Não é como os processos normais que você recorre, recorre e recorre. Dessa vez, a sentença que sair na verdade é uma acórgão, é definitiva por natureza. Então, eu suponho que lá pelos meados de 2026 é que nós teremos de fato assim as penas que estão a estar de julgado”, concluiu.

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