2 dezembro 2024
O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro, é uma oportunidade para refletir sobre uma das mais graves violações de direitos humanos em todo o mundo. No Brasil, os números são alarmantes e desumanizadores: a cada dois minutos, uma mulher é vítima de violência doméstica. Esses dados não são apenas números; são histórias de vidas interrompidas, sonhos roubados e traumas que se perpetuam.
Para a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara de Salvador, é fundamental que o poder público e a sociedade civil intensifiquem seus esforços para mudar essa realidade. “Esses números gritam por justiça e por políticas públicas eficazes. Mas, acima de tudo, clamam por uma mudança que rompa com o ciclo de violência e silêncio. Precisamos transformar o ambiente que perpetua a desigualdade de gênero e dá margem à violência”, afirma a vereadora.
Entre janeiro e maio de 2024, mais de 380 mil casos de violência contra a mulher foram registrados na Justiça brasileira, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Este número impressionante, 380.735 ações judiciais, reflete o sofrimento de mulheres que enfrentaram violência, muitas vezes em seus próprios lares. É uma ferida aberta na sociedade, onde aqueles que deveriam ser protetores se tornam agressores.
Iniciativas como a Patrulha Guardiã Maria da Penha, implementada em Salvador após projeto de Ireuda, têm sido importantes para proteger mulheres em situação de risco. “Por meio desse projeto, buscamos assegurar que as vítimas tenham acompanhamento e amparo. É inaceitável que mulheres vivam com medo, prisioneiras de seus próprios lares”, destaca.
Além disso, Ireuda Silva também enfatiza a necessidade de ampliar o acesso à informação e fortalecer redes de apoio às mulheres. “A conscientização e o acolhimento são fundamentais. Precisamos assegurar que as mulheres saibam que não estão sozinhas, que têm para onde correr e que a justiça estará ao lado delas.”
No Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, a mensagem é clara: não podemos nos calar diante da violência. “Cada denúncia salva vidas, cada política pública bem aplicada resgata sonhos, e cada mudança cultural aproxima-nos de uma sociedade mais justa e humana”, conclui Ireuda Silva.