João Carlos Bacelar

Educação

João Carlos Bacelar é deputado estadual pelo PTN , membro da Executiva Nacional e presidente do Conselho Político do partido. Foi secretário municipal da Educação de Salvador e vereador da capital baiana. Escreve uma coluna semanal neste Política Livre aos domingos.

É preciso virar o jogo

O elevado percentual de jovens e adultos brasileiros( 24%) que não sabem ler nem escrever aponta para uma país em claro processo de fracasso educacional. O Brasil ocupa a 8ª colocação com maior número de analfabetos adultos. Só pra lembrar a última pequisa do Programa Nacional de Avaliação do Aluno (Pisa), o país gasta pouco e mal com educação. Seriam necessários 25 anos para alcançarmos a meta da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Ainda estamos distantes. Mas há luz no fim do túnel. Em Salvador, a rede pública municipal tem se esmerado em conseguir bons resultados na alfabetização de crianças e até foi reduzido o prazo estabelecido para vigorar no país que é de 8 anos de idade. Por aqui, está valendo o compromisso de que até os seis anos de idade, a criança que ingressar na escola no tempo certo, vai conseguir ler e escrever.

O desafio não é pequeno. São as crianças que podem definir o futuro de uma Nação. Se esse grande exército de pequenos soldados participar de programas eficientes que incluam as famílias os resultados serão tangíveis. É exatamente definindo prioridades que a gestão municipal procura virar o jogo.

Passos firmes seguem na direção de um novo panorama para a educação pública de Salvador. Gestão, diretores, coordenadores e professores mergulham no universo da educação fundamental. Aos poucos, começam a surgir contornos diferentes e mais promissores.

Alfabetização de crianças e de adultos são os pontos cruciais para que o Brasil atinja a meta que integra o acordo assinado no ano 2000 por 164 países de reduzir em 50% os níveis de analfabetismo.

Na Bahia, a alfabetização de adultos, isto é o Topa, ainda precisa mostrar números convincentes, mas sem maquiagem. Há em todo o mundo 774 milhões de adultos analafabetos sendo que 72% estão concentrados em apenas 10 países como Brasil, Índia, China e Paquistão.

A realidade é triste mas pode ser revertida com gestão eficaz e comprometimento na pesquisa e execução de ações transformadoras em prol de uma educação de qualidade para todos.