23 novembro 2024
João Carlos Bacelar é deputado estadual pelo PTN , membro da Executiva Nacional e presidente do Conselho Político do partido. Foi secretário municipal da Educação de Salvador e vereador da capital baiana. Escreve uma coluna semanal neste Política Livre aos domingos.
Um novo olhar sobre a educação infantil começa a despertar possibilidades antes inexploradas. É preciso oferecer diferentes oportunidades de desenvolvimento às crianças através de uma incrementada nos currículos pedagógicos e especialmente com a atenção direcionada para esse fim. É a partir da base que se constrói o futuro. Em Salvador, esse processo começou em 2011 e agora ganha mais impulso.
Com a municipalização das creches, que tiveram a gestão transferida do estado para a prefeitura, o aprendizado começou a alcançar destaque. Além de serem tratados com carinho e responsabilidade os pequenos alunos ganharam possibilidades pedagógicas. Os cuidadores se prepararam para assumir o cargo de ADI (Auxiliares de Desenvolvimento Infantil) para colaborar diretamente com os pedagogos recém contratados através de concursos.
Tornou-se forte o pensamento de que criança tem que ser estimulada a desenvolver o vocabulário, que é cidadão de direito e que não há motivos, portanto, para que sua aprendizagem seja ignorada. O plus educacional das creches transformou-as nos CMEIS (Centros Municipais de Educação Infantil) que ACM Neto entendeu como preponderante para o desenvolvimento de Salvador se forem construídos em maior número com ampliação significativa das vagas.
O bairro de Santa Cruz ganhou uma escola para crianças e foi assinada ordem de serviço para construção de três novas unidades (Brotas, Stella Maris e Cia Aeroporto) durante a comemoração dos 465 anos da cidade. A meta da gestão é a construção de 10 Cmeis até 2016. Prioridade absoluta às crianças de 0 a 5 anos, o que facilita a socialização e melhora o desempenho quando os meninos chegarem ao ensino fundamental. Uma alternativa de peso para que as crianças fiquem longe da criminalidade.
Além de, claro, contribuir para o desenvolvimento econômico de pais e mães que podem trabalhar durante mais horas sabendo que os filhos estão bem cuidados. Esse justo benefício direcionado às famílias de baixa renda resgata uma antiga dívida com os filhos dos trabalhadores soteropolitanos.
Hoje na rede municipal de ensino da capital baiana estão matriculados 18 mil meninos e meninas de até cinco anos de idade. Um número ainda pequeno se considerada a demanda de crianças fora da escola mas o trabalho continua para que o leque de atendimento seja estendido a cada vez mais famílias.
Constantemente são programados cursos de capacitação para qualificar não só professores, mas gestores, porteiros, merendeiras, auxiliares e também os pais que participam do processo de como cuidar melhor de nossas crianças. Os efeitos desse processo já começam a surgir nos pequenos que se socializam mais rápido. Outra consequência positiva é a construção de um Diário de Classe atualizado, construtivista e que eleva a qualidade da educação prestada nos centros.
Salve, Salvador. Cuidar das crianças é cuidar do futuro.