Foto: Gabriela Biló/Arquivo/Estadão
Luciano Hang 27 de abril de 2022 | 11:47

Luciano Hang também anuncia explosão de seguidores no Twitter

brasil

O empresário bolsonarista Luciano Hang viu o número de seguidores no seu perfil no Twitter crescer muito acima da média nesta terça (26), um dia após o anúncio da compra da plataforma pelo bilionário Elon Musk.

“De ontem para hoje ganhei mais de 30 mil seguidores no Twitter. Agradeço ao Elon Musk. Daqui para frente, ao infinito e além”, escreveu ele na rede social.

Os perfis do presidente Jair Bolsonaro (PL), dos filhos dele e de outros políticos e empresários bolsonaristas também apresentaram um boom de seguidores no mesmo período. Especialistas veem movimento coordenado.

Segundo o pesquisador americano Christopher Bouzy, 93% dos novos perfis que seguiram a conta do presidente brasileiro foram recém-gerados. “Nós terminamos de analisar as 65 mil contas que começaram a seguir Jair Bolsonaro; 61.299 foram criadas desde ontem [segunda, 25]”, disse ele em uma thread.

O especialista afirmou não acreditar que o fenômeno seja orgânico. “Eu não acho que dezenas de milhares de brasileiros decidiram criar novas contas ao mesmo tempo e seguir Bolsonaro porque Elon Musk está comprando o Twitter”, disse.

O influenciador conservador Leandro Ruschel também observou um crescimento em seu perfil. “O fenômeno é global. Eu cresci 20 mil seguidores ontem. Está acontecendo nas contas mais alinhadas à direita. Ou está havendo entrada em massa de conservadores na rede, ou então o Twitter tem muitas explicações a dar: havia limitações ao crescimento e alcance dessas contas?”, indagou ele.

Para os bolsonaristas, é esta segunda hipótese colocada por Ruschel o que explica o fenômeno. Segundo eles, a plataforma teria deixado de sabotar perfis à direita após o anúncio da venda.

Procurado pela reportagem da Folha, o Twitter não quis comentar sobre o episódio nem se há indícios de movimentação coordenada ou inautêntica nos perfis bolsonaristas.

Bolsonaro e seus apoiadores comemoram a compra do Twitter por Musk. Segundo um ministro que despacha diariamente com o presidente, um dos maiores temores do presidente era ter postagens apagadas na rede durante a campanha eleitoral.

Bolsonaro temia também as restrições que a empresa poderia colocar à atuação de seus apoiadores no mundo virtual.

Mônica Bergamo/Folhapress
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