29 abril 2024
O procurador-geral da República, Augusto Aras, esteve no Amazonas neste domingo (19) para acompanhar os desdobramentos do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do repórter britânico Dom Phillips.
De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, Aras viajou para Tabatinga, onde fica a sede do Ministério Público Federal (MPF) mais próxima ao local do crime e com competência para atuar na região.
O procurador-geral disse que volta para Brasília “com disposição de mover as instâncias do Estado para a defesa da Amazônia e seus cidadãos, isolados ou não”.
Conforme publicou o Estadão, a primeira reunião foi com representantes do Exército, Polícia Federal (PF) e Fundação Nacional do Índio (Funai) para discutir ações conjuntas contra organizações criminosas que atuam na região e contra violações aos direitos indígenas.
Em seguida, Aras se reuniu com o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Alberto Rodrigues, o procurador-geral de Justiça do Estado, Alberto Rodrigues, e o promotor Elanderson Lima Duarte, que acompanha o caso pelo Ministério Público do Amazonas.
A terceira reunião foi com cinco lideranças indígenas, que relataram como as comunidades têm feito a vigilância do território no lugar das Forças de Segurança, principalmente contra a pesca ilegal. Eles pediram apoio na região do Vale do Javari. A área na fronteira com o Peru e a Colômbia se tornou umas das mais perigosas no País, com invasões de traficantes, garimpeiros, madeireiros e caçados ilegais.
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) diz que, antes do assassinato de Bruno e Dom, alertou as autoridades, incluindo o Ministério Público Federal, mas o problema da falta de segurança na região não foi resolvido.