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Educação e IDHM na Bahia

João Carlos Bacelar

Educação e IDHM na Bahia

10/09/2013 às 21:44

Atualizado em 10/09/2013 às 21:44

Municípios com maior quantidade de crianças e adolescentes têm mais chances de apresentar piores indicadores em educação. A informação ganha corpo com a recente divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM), que atesta o desenvolvimento das cidades levando em conta também aspectos sociais. É de conhecimento público que jovens em idade escolar exigem olhar atento das autoridades e ações direcionadas para a educação pública.

Os dados apurados mostram que mais da metade da população dos municípios com menores índices tem até 19 anos de idade. Na média as cidades brasileiras atingiram 0,637 em uma escala que varia entre zero e um. Outros dois quesitos são Longevidade, em que a média é 0,816 e Renda com 0,739. O índice é aferido a cada 10 anos e mostra um grande salto em duas décadas. Em 1991, a média das cidades era de apenas 0,278.

O destaque brasileiro foi Águas de São Pedro, município paulista com pequena população jovem e contingente de 3 mil habitantes. Por lá, o IDHM bateu 0,825 e apenas 23% dos moradores têm até 19 anos. O segundo município na colocação é São Caetano, também em São Paulo, que figura com 0,811 e 22% da população jovem. No entanto, uma comparação mais criteriosa dos dados revela que ainda há muito por fazer em municípios com ótimos índices mas que precisam investir para melhorar a qualidade de vida da população infanto-juvenil.

Ficou claro que o que puxa o IDHM para baixo, mais do que qualquer outra variável, são os números da educação considerados insatisfatórios em quase 30% das cidades brasileiras. Contrastando com essa evidência, foi o setor onde o país mais progrediu na última década, crescendo 128%. Esse número compreende o percentual da população que frequenta ou já concluiu o ensino fundamental e médio na faixa etária de 18 a 20 anos.

Entre 1991 e 2010, o contingente de jovens (15 a 17 anos) com o Ensino Fundamental I praticamente triplicou, chegando a 57% do total. Mas, entre 18 e 20 anos, a população jovem que não concluiu o antigo segundo grau ficou perto dos 60%. Esse dado aponta para o que é considerado hoje como o gargalo do sistema.

O IDHM baiano registrou um crescimento superior (32,64%) na primeira década da avaliação – entre 1991 e 2000 - do que entre 2001 e 2010 (28,90%). Foi o subíndice da educação que muito contribuiu para reduzir o índice geral da Bahia. Registrando uma queda significativa no parâmetro pôde determinar que uma elevação do IDHM do estado apenas vai acontecer quando houver vontade política e planos de ação eficazes para a educação.

Não tem como fugir dessa demanda. A mola mestra do desenvolvimento de um país que pretende elevar a expectativa de vida de seus habitantes e a renda per capita deles passa necessariamente pela educação de qualidade para todos.

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