/

Home

/

Colunistas

/

Eduardo Salles

/

Imunizar o produtor rural é prioridade

Eduardo Salles

Imunizar o produtor rural é prioridade

14/06/2021 às 15:31

Atualizado em 14/06/2021 às 15:31

Após mais de um ano de pandemia, conseguimos passar esse período sem, em momento algum, termos qualquer risco à segurança alimentar do país. Essa conquista se deve ao trabalho de toda a cadeia produtiva da agropecuária, do setor primário às agroindústrias, que não pararam de trabalhar em momento algum, mesmo produtores e trabalhadores rurais expostos ao risco.

Acontece, porém, que mesmo sendo um setor fundamental da sociedade, não houve a inclusão dos trabalhadores e produtores rurais entre os prioritários no PNI (Plano Nacional de Imunização).

Não há quem discuta a importância de priorizar a imunização dos profissionais de saúde, que estão diretamente no combate à pandemia, da segurança pública, educação, limpeza e pessoas com comorbidades, mas qual é o argumento para a não inclusão, até o momento, de quem faz parte da cadeia produtiva que leva o alimento à mesa do brasileiro ter ficado de fora?

A Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia, presidida pela deputada estadual Jusmari Oliveira, e que tenho a honra de compor, em audiência pública realizada agora em junho com a participação do presidente da FAEB, Humberto Miranda, presidentes de associações e sindicatos e lideranças de diversos municípios, decidiu que vai solicitar a inclusão de produtores e trabalhadores rurais como prioritários nos planos de imunização.

Encaminharemos ofício ao Ministério da Saúde e à Secretaria Estadual de Saúde para a inclusão dos trabalhadores da agropecuária nos planos nacional e estadual de vacinação o mais rápido possível.

Entendemos a importância da manutenção da vacinação por idade, com a reserva de 70% das doses disponíveis, e reconhecemos a necessidade de imunização de outras categorias profissionais, mas não concordamos em deixar de fora os produtores e trabalhadores rurais que, mesmo com todos os riscos impostos pela pandemia, jamais deixaram de cumprir com suas obrigações com a segurança alimentar do país.

Mesmo com os riscos da contaminação com o agravamento das cepas do novo coronavírus e as dificuldades logísticas impostas pelas medidas adotadas para evitar a disseminação da COVID-19 em estados e municípios, a agropecuária brasileira não parou em momento algum.

Em 2020, mesmo com a pandemia e sem o início da vacinação em nosso país, a agropecuária ampliou, conforme dados do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), para 26,6% sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Em 2019 esse número era de 20,5%.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que no primeiro trimestre de 2021 a agropecuária registrou alta de 5,7% quando comparado com os últimos três meses do ano passado.

Os números da agropecuária nacional mostram como o setor presta um serviço essencial ao país. A imunização prioritária de trabalhadores e produtores rurais significa manter a atividade responsável pela segurança alimentar da população, a geração de milhões de empregos e o saldo positivo na balança comercial do país.

ver mais artigos deste colunista
Comentários
Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Política Livre
politica livre
O POLÍTICA LIVRE é o mais completo site sobre política da Bahia, que revela os bastidores da política baiana e permite uma visão completa sobre a vida política do Estado e do Brasil.
CONTATO
(71) 9-8801-0190
SIGA-NOS
© Copyright Política Livre. All Rights Reserved

Design by NVGO

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.