25 novembro 2024
Eduardo Salles é engenheiro agrônomo com mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Está no seu terceiro mandato de deputado estadual e preside a Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, além da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo. É ex-secretário estadual de Agricultura e ex-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (CONSEAGRI). Foi presidente da Associação de Produtores de Café da Bahia e da Câmara de Comércio Brasil/Portugal. Há 20 anos é diretor da Associação Comercial da Bahia. Ele escreve neste Política Livre mensalmente.
Conhecer exemplos de sucesso para ajudar a aumentar a eficiência da logística portuária baiana foi o meu objetivo como presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo da Assembleia Legislativa da Bahia durante a missão composta por parlamentares de todo o país na Brasil Export, que ocorreu no início de novembro.
Juntamos membros do Executivo, Legislativo e Judiciário com a iniciativa privada para visitar portos seculares da Europa e África e entender como podemos aplicar na Bahia a interação eficiente com ferrovias, hidrovias, aeroportos e rodovias.
Aumentar a competitividade do setor produtivo baiano é o único caminho que temos para aumentar a ofertas de empregos nos 27 territórios de identidade baianos. Temos um enorme potencial em todas as regiões, mas falta ainda um longo caminho na infraestrutura.
Essa interação entre o poder público e a iniciativa privada permite entender melhor os gargalos e ouvir as propostas para o Executivo e Legislativo trabalhem juntos para resolver as questões que impedem o desenvolvimento econômico do Estado.
A natureza nos deu a Baía de Todos os Santos, capital da Amazônia Azul, é uma das mais belas do mundo. Mas não só isso: ela é profunda, abrigada e possui um calado diferenciado. Mas, infelizmente, ainda existem dificuldades para utilizarmos toda a sua potencialidade.
As dificuldades nos acessos ao que é produzido pela agropecuária, indústria e mineração aos portos de Salvador, Ilhéus e os de Aratu diminuem a competitividade do setor produtivo baiano, impedindo o desenvolvimento econômico. É necessário sintonizar os modais ferroviários, hidroviários, aeroportuários e rodoviários para termos eficiência.
É necessário aproveitar o momento de alinhamento político do Estado com o governo federal para concluirmos a FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) e resolver o imbróglio da FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), que a concessionária deseja deixar de prestar o serviço no trecho baiano.
As rodovias federais privatizadas ficaram anos nas mãos de uma empresa irresponsável, que não cumpriu nada do contrato. As demais estradas precisam ser duplicadas. Estamos muito defasados na nossa infraestrutura rodoviária.
E nós temos um dever de casa para fazer na Assembleia Legislativa da Bahia, ao aprovar leis sejam rápidas e ágeis para não prejudicar a eficiência do setor produtivo. Nossos portos já têm tecnologia de ponta, mas a conexão com os outros modais de transporte ainda deixa muito a desejar.
Não há mais tempo a perder. É preciso arregaçar as mangas, esquecer qualquer disputa partidária ou coloração ideológica e empregar todo esforço para melhorar nossa infraestrutura rodoviária, ferroviária, hidroviária e aeroportuária.
Os setores produtivos brasileiros já provaram que têm totais condições de gerar milhões de empregos, desde que o poder público faça a sua parte. E essa precisa ser a nossa missão no prazo mais curto de tempo possível.