23 novembro 2024
Maurício Bacelar é engenheiro civil e foi diretor-geral do Detran (2015). Ele também foi secretário de Obras da Prefeitura de Dias 'Ávila (1986), diretor do Copec (1987) e secretário de Infraestrutura da Prefeitura de Camaçari (2002). Ele escreve uma coluna semanal no Política Livre às segunda-feiras.
- Engenheiro Civil - 1985
- Secretário de Obras da Prefeitura Municipal de Dias D'Ávila - 1986
- Diretor do Copec - Complexo Petroquímico de Camaçari - 1987
- Secretário de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Camaçari - 2002
- Diretor Geral do Detran-Ba - 2015
Por que foi criado o Movimento Maio Amarelo? Para suscitar no seio da sociedade a discussão do tema trânsito. Por que Maio e Amarelo? Porque em maio de 2011 a Organização das Nações Unidas – ONU baixou uma Resolução criando a Década de Ação pela Segurança no Trânsito e Amarelo, porque, no trânsito, a cor significa atenção.
O trânsito é um dos principais instrumentos para a qualidade de vida das pessoas. Imagine um trabalhador que consiga diminuir seu tempo de deslocamento, de casa para o trabalho, em meia hora na ida e meia hora na volta por conta de um trânsito rápido e seguro. Ao fim da semana de trabalho ele terá ganhado cinco horas que poderão ser gastas no seu descanso, lazer ou com seus familiares e amigos. O que é isto? Mais qualidade de vida.
A questão é que não conseguimos, ainda, tornar os deslocamentos totalmente seguros. O trânsito mata e sequela milhares de brasileiros todos os anos, causa traumas insanáveis em famílias, além de outras mazelas. Mas muitas pessoas continuam bebendo e dirigindo, falando ao celular quando estão na direção de um veículo, não usam cinto de segurança, não usam capacete, não respeitam os limites de velocidade e não obedecem à legislação.
O tema é tão sério que, constantemente, é pauta da ONU, que na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, novamente, traça metas para a segurança viária, já a Organização Mundial de Saúde – OMS publicou Salvar Vidas: pacote de medidas técnicas para a segurança no trânsito. Aqui no Brasil, no ano passado, através da Lei Federal 13.614/2018, foi criado o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS.
Nós temos leis, orientações, ensinamentos e metas. É preciso a união de toda a sociedade; os governos, a iniciativa privada e as entidades da sociedade civil organizada, unidos, com os esforços direcionados numa só direção, liderando ações de conscientização de condutores, pedestres, passageiros e ciclistas de que a colisão de trânsito não é acidente, é evento previsível e pode perfeitamente ser evitada.
Entre as ações a serem desenvolvidas, seja na área da engenharia, do respeito à legislação, do esforço legal ou da segurança veicular, sem dúvida a educação é a principal delas. É preciso educar condutores, passageiros, pedestres e ciclistas, incutir neles noções de segurança viária. Para alcançar esta meta é necessário introduzir o tema trânsito, de maneira transversal no ensino fundamental e médio. É na escola que estão reunidos todos os elementos do trânsito. Muitos países têm obtido sucesso com estas iniciativas e no Brasil não será diferente, precisamos de determinação e vontade política.
A questão está aí, o mês é maio, vamos debater a matéria, tornar o trânsito um assunto cotidiano, torná-lo um local seguro e que possa cumprir seu papel: tornar os deslocamentos, cada vez mais rápidos e seguros.
No trânsito, o sentido é a vida! #meouça.