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Juca está em Brasília em sessão em homenagem à cultura 13 de fevereiro de 2020 | 16:13

“Minha candidatura está mantida e continuará assim até o final”, diz Juca

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O ex-ministro Juca Ferreira afirmou, nesta quinta-feira, que sua pré-candidatura à prefeitura de Salvador pelo PT, mesmo após a apresentação da major Denice como de consenso entre o governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner. O impasse continua e o diretório municipal do PT realizará, neste sábado (14), para tentar definir pelo menos o método e o prazo de definição do pré-candidato à sucessão do prefeito ACM Neto (DEM).

“Minha candidatura está mantida e continuará assim até o final. Tenho mais simpatia pelas prévias, mas acho que podemos ter um encontro dentro de padrões democráticos. Tenho preocupação com o tempo. Podemos nos inviabilizar”, disse o ex-ministro em entrevista ao Política Livre, ressaltando que não poderá comparecer à reunião do diretório municipal por estar em Brasília, onde foi convidado para fazer um pronunciamento na sessão solene em homenagem à cultura que acontece nesta sexta na Câmara dos Deputados.

Além de Juca e Denice, também disputam internamente o cargo a socióloga Vilma Reis; a secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis; e o deputado estadual Robinson Almeida. Assim como Juca, Vilma afirmou, na última segunda (10), ao Política Livre que também não vai retirar sua pré-candidatura e é a favor da realização de prévias. “O meu partido é um partido plural de tendências, um partido diverso e todos os seguimentos que acompanham o partido têm direito de apresentar um projeto de pré-candidatura. Por que a gente está lutando para que tenham as prévias no partido? Para que todos os projetos sejam colocados na frente da militância e que a militância se decida, mas todos eles têm direito de serem apresentados”, ponderou a socióloga durante sessão especial de 40 anos do PT na Assembleia Legislativa da Bahia.

É válido ressaltar que mesmo com a negação de Juca e Vilma em retirar a pré-candidatura a favor de Denice, outro problema também contribui para o impasse: insegurança jurídica. A major, responsável pela Ronda da Maria da Penha, não pode se filiar ao PT por ser uma policial militar e a corporação não permitir. Ao Política Livre, Rui, Wagner e Éden Valadares, presidente estadual do PT, asseguraram na última segunda (10) que consultas estão sendo feitas com a Procuradoria do Estado para achar uma brecha na legislação, como por exemplo, uma licença-prêmio. No entanto, para isso acontecer, deve estar alinhado simultaneamente se realmente ela será a escolhida pelo partido e militantes como representante do PT nas eleições em outubro.

Raiane Veríssimo
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